APESAR DOS AVANÇOS NOS ÚLTIMOS ANOS, AINDA HÁ INÚMEROS DESAFIOS ENFRENTADOS NO COTIDIANO
DO ACESSO À SAÚDE PELA POPULAÇÃO TRANS NO BRASIL. ASSIM, O OBJETIVO DESSE ESTUDO FOI
REALIZAR UMA REVISÃO INTEGRATIVA DOS ANOS DE 2008 A 2018 SOBRE OS DESAFIOS ENFRENTADOS
PELA POPULAÇÃO TRANS NO ACESSO À SAÚDE, COM FOCO NA AUSÊNCIA DE RECONHECIMENTO
IDENTITÁRIO E NA HOMOGENEIZAÇÃO DISCURSIVA. FORAM UTILIZADAS AS BASES DE DADOS MEDLINE,
LILACS E SCIELO, A PARTIR DOS DESCRITORES: TRANSEXUALIDADE, TRANSEXUALISMO, TRAVESTISMO,
TRANSGÊNERO E TRAVESTI, SENDO SELECIONADOS 27 ARTIGOS. EM RELAÇÃO À AUSÊNCIA DE
RECONHECIMENTO IDENTITÁRIO, SÃO ABORDADOS ARTIGOS SOBRE A DESLEGITIMAÇÃO DA IDENTIDADE
TRANS, QUE PODE SE MANIFESTAR DE DIVERSAS FORMAS, DESTACAM-SE O DESRESPEITO AO NOME
SOCIAL, ÀS POLÍTICAS PÚBLICAS BASEADAS NO MODELO DE BINARISMO DE GÊNERO E, AINDA, A FALTA DE
INCLUSÃO DAS VARIÁVEIS DE IDENTIDADE DE GÊNERO NA LEI MARIA DA PENHA. JÁ EM RELAÇÃO À
HOMOGENEIZAÇÃO DISCURSIVA, SÃO ABORDADAS AS TENTATIVAS DISCURSIVAS A FIM DE
HOMOGENEIZAR AS VIVÊNCIAS TRANS, NELES SÃO ENFATIZADOS DESAFIOS ACERCA DA NECESSIDADE DO
ENQUADRAMENTO NO DIAGNÓSTICO DE ‘TRANSEXUAL VERDADEIRO’ PARA QUE SEJA EFETIVADO O ACESSO
À SAÚDE. ESTA PRERROGATIVA COM FOCO EM PADRÕES NORMATIVOS E PATOLÓGICOS, ALÉM DE SER
REPLETA DE PRECONCEITOS/VIOLÊNCIAS, IMPACTA AINDA NA EXPRESSÃO DA PERSONALIDADE DESSES
INDIVÍDUOS, DE FORMA A DESPOTENCIALIZAR SUAS SINGULARIDADES. MUITAS LACUNAS AINDA SÃO
ENCONTRADAS NA ABORDAGEM PRÁTICA DOS DIREITOS DE PESSOAS TRANS, SEJA PELA FALTA DE
CAPACITAÇÃO DE PROFISSIONAIS EM SUA FORMAÇÃO, PELO PRECONCEITO E/OU PELO ENGESSAMENTO
DE POLÍTICAS E DOCUMENTOS CRIADOS.