O TRABALHO TEM POR OBJETIVO TRATAR DAS LUTAS ANTIRRACISTAS PROTAGONIZADAS PELA POPULAÇÃO NEGRA EM TERRITÓRIOS PERIFÉRICOS EM TEMPOS DE NECROPOLÍTICA EM CONTEXTO ULTRANEOLIBERAL DO BRASIL CONTEMPORÂNEO. A ANÁLISE TOMA A QUESTÃO DO RACISMO PELO ESTADO BRASILEIRO, SOCIAL E HISTORICAMENTE, ENFATIZANDO SUA CONSTRUÇÃO ESTRUTURANTE E ESTRUTURAL DAS RELAÇÕES SOCIAIS CAPITALISTAS. PROBLEMATIZA OS EFEITOS DAS REGRESSÕES E RETROCESSOS ATUAIS DAS POLÍTICAS SOCIAIS PARA A POPULAÇÃO NEGRA, ENFATIZANDO, A RADICALIDADE DAS DESIGUALDADES SÓCIO-RACIAIS EM CURSO NESSES TEMPOS. IDENTIFICA A VIOLÊNCIA EXECUTADA PELO ESTADO COMO RESPOSTA AS FORMAS DE RESISTÊNCIA DA POPULAÇÃO NEGRA E EVIDENCIA QUE EM TEMPOS DE PANDEMIA DO NOVO CORONAVÍRUS AS POLÍTICAS SOCIAIS REALIZADAS PELO GOVERNO BOLSONARO, EM ESPECÍFICO O AUXÍLIO EMERGENCIAL, SÃO PARCAS E NÃO MODIFICAM A DINÂMICA DOS SOFRIMENTOS PSÍQUICOS, ECONÔMICOS E SOCIAIS QUE ATINGEM A POPULAÇÃO NEGRA E QUE SÃO AGLUTINADOS NESSE CENÁRIO DE EMERGÊNCIA SANITÁRIA. A METODOLOGIA EMPREGADA NESSA PRODUÇÃO CONSISTE EM PESQUISA QUALITATIVA DE DELINEAMENTO BIBLIOGRÁFICO E DOCUMENTAL, COM LEVANTAMENTO DE DADOS EM FONTES SECUNDÁRIAS. OBSERVAMOS QUE OS NEGROS FORAM AQUELES QUE NESSE PERÍODO PANDÊMICO SOFRERAM MAIORES IMPACTOS SOCIOECONÔMICOS, SEJA PELA HISTÓRICA FALTA DE ACESSO AO TRABALHO FORMAL OU PELA DIFICULDADE DE ACESSO AOS TRATAMENTOS DE SAÚDE. ESSA POPULAÇÃO, NO CONTEXTO BRASILEIRO, FOI A QUE MAIS MORREU DA DOENÇA, E CONSIDERANDO AS DETERMINAÇÕES SOCIAIS DA SAÚDE, REVELA-SE QUE AS DESIGUALDADES SOCIAIS HISTORICAMENTE ESTRUTURADAS PELO RACISMO É O FATOR DETERMINANTE PARA QUE ESSA POPULAÇÃO SEJA AQUELA MAIS AFETADA POR AQUELA QUE SE APRESENTA COMO A MAIOR TRAGÉDIA SANITÁRIA DO SÉCULO XXI NO CONTEXTO BRASILEIRO.