A IDENTIDADE RELIGIOSA, ASSIM COMO OS SABERES GUARDADOS, PRODUZIDOS E ATUALIZADOS NO INTERIOR DO CANDOMBLÉ, TEM SIDO CONVOCADA NOS DISCURSOS E AÇÕES DE ATIVISTAS E PESQUISADORAS. ESSAS PESSOAS TÊM DISCUTIDO TEMAS POLÍTICOS A PARTIR DE SUAS RELAÇÕES COM A RELIGIOSIDADE DE MATRIZ AFRICANA, COM O CONHECIMENTO TRANSMITIDO DE SEUS ILÉ Àṣẹ E AS COMPREENSÕES DESSA FILOSOFIA RELIGIOSA ENSINADA NOS ESPAÇOS DE CULTO A ÒRÌṣÀ, NKISI E VODUN . HÁ TODA UMA FUNDAMENTAÇÃO COSMOLÓGICA/FILOSÓFICA QUE ORIENTA SUAS AÇÕES. A IDENTIDADE CANDOMBLECISTA AGENCIA TODA UMA REDE DE SIGNIFICADOS E REPOSICIONAMENTOS SUBJETIVOS E EPISTEMOLÓGICOS QUE INFORMAM A POLÍTICA E A PRODUÇÃO DE CONHECIMENTO DE ADEPTAS E INICIADAS NA RELIGIÃO. QUESTIONO ENTÃO: QUAIS AS CHAVES INTERPRETATIVAS DESSE PROCESSO? E DE QUE MANEIRA ISSO VEM OCORRENDO? DE MODO A RESPONDER ESSAS INDAGAÇÕES, UTILIZO REVISÃO BIBLIOGRÁFICA E ALGUMAS NOTAS/OBSERVAÇÕES ETNOGRÁFICAS. CONCLUO QUE O CANDOMBLÉ, COMO ESPAÇO NÃO FORMAL DE EDUCAÇÃO, BEM COMO POLÍTICO, SURGE COM NOTÁVEL INFLUÊNCIA NA CONSTITUIÇÃO DAS SUJEITAS, DENOTANDO A ESPIRITUALIDADE ENQUANTO DIMENSÃO QUE LEVA A PROCESSOS DE SUBJETIVAÇÃO, ESTIMULANDO A AGÊNCIA E PROCESSOS DE DESIDENTIFICAÇÃO E ATUAÇÃO POLÍTICA. REITERO TANTO A NECESSIDADE POLÍTICA E CIENTÍFICA DE COMPREENDER A PRODUÇÃO E O ACONTECIMENTO DE NOVAS SUJEITAS POLÍTICAS, COMO A ARTICULAÇÃO DE MARCADORES QUE FACILITAM A PRODUÇÃO DE NOVAS SUBJETIVIDADES E SUAS PRÁTICAS E DISCURSOS.