O ADVENTO DA POLÍTICA NACIONAL DE SAÚDE INTEGRAL DE LÉSBICAS, GAYS, BISSEXUAIS, TRAVESTIS E TRANSEXUAIS (LGBT), INSTITUÍDA EM 2011, CONTRIBUIU PARA A TEMATIZAÇÃO DE MULHERES LÉSBICAS NAS INICIATIVAS DO MINISTÉRIO DA SAÚDE (MS). NO ENTANTO, PERSISTEM A BAIXA VISIBILIDADE PÚBLICA E A INCIPIENTE ABORDAGEM DESTE SEGMENTO POPULACIONAL NOS MATERIAIS PUBLICADOS PELO SETOR SAÚDE. ISSO SE DEVE, EM LARGA MEDIDA, ÀS DINÂMICAS DE CONTINUIDADE E RUPTURA DOS GOVERNOS ELEITOS DESDE 2015, COM SUAS DISTINTAS AGENDAS MORAIS E PRIORIDADES POLÍTICAS. ASSIM, O PRESENTE ARTIGO PROPÕE REFLEXÕES ACERCA DAS PUBLICAÇÕES DO MINISTÉRIO DA SAÚDE RELACIONADAS À SAÚDE DAS MULHERES LÉSBICAS. TAIS REFLEXÕES FORAM SUBSIDIADAS POR ANÁLISE DE MATERIAIS ELABORADOS PELO REFERIDO MINISTÉRIO, ENVOLVENDO PUBLICAÇÕES DE CUNHO NORMATIVO E PUBLICAÇÕES DE CUNHO FORMATIVO. PARTINDO DA NOÇÃO DE VISIBILIDADE À LUZ DA LITERATURA SOCIOANTROPOLÓGICA DE GÊNERO, OS RESULTADOS APONTARAM A TEMATIZAÇÃO DESTE SEGMENTO NO CONTEXTO DAS INICIATIVAS DE SAÚDE MENTAL E DE HUMANIZAÇÃO DA SAÚDE. DESTACARAM-SE DOIS ELEMENTOS FUNDAMENTAIS PARA SUSTENTAÇÃO DE UMA AGENDA VOLTADA PARA AS MULHERES LÉSBICAS: A REALIZAÇÃO DE ACOLHIMENTO NOS SERVIÇOS DE SAÚDE E A NECESSIDADE DE ORIENTAÇÃO SOBRE SUAS PARTICULARIDADES EM SAÚDE. APESAR DOS ESFORÇOS NA INSTITUCIONALIZAÇÃO DA SAÚDE DAS MULHERES LÉSBICAS, PERMANECE IMPORTANTE LACUNA NA OFERTA DE MATERIAIS QUE CONSIDEREM AS DEMANDAS E VIVÊNCIAS DAS LESBIANIDADES, POR MEIO DO ENVOLVIMENTO PARTICIPATIVO DAS MULHERES LÉSBICAS NO PLANEJAMENTO DE AÇÕES EM SAÚDE.