O TRABALHO DA ARTISTA PARAENSE NAYARA JINKS SERVE AQUI COMO PONTO DE PARTIDA PARA ELABORAR POSSÍVEIS NARRATIVAS IMAGÉTICAS PARA A DECOLONIZAÇÃO DOS CORPOS DE MULHERES MARCADOS PELO COLONIALISMO QUE AINDA SE ESTENDE NOS DIAS ATUAIS. JINKS, ATRAVÉS DAS IMAGENS CAPTADAS PELO SEU CELULAR, COMEÇOU A FOTOGRAFAR OS CORPOS QUE VIA E SE IDENTIFICAVA NO FAMOSO MERCADO A CÉU ABERTO DE BELÉM DO PARÁ, O VER-O-PESO. MUITAS DE SUAS IMAGENS FORAM INSTITUCIONALIZADAS ARTISTICAMENTE POR EXPOSIÇÕES PELO BRASIL. ASSIM, A ARTISTA TRANSFORMA NÃO SÓ O OLHAR DADO A ESSES CORPOS MARGINALIZADOS, COMO TAMBÉM A FORMA DE REGISTRÁ-LOS. ALÉM DISSO, QUESTIONA O MODELO E O MÉTODO CONSAGRADOS NAS ARTES VISUAIS DOMINADOS POR HOMENS, BRANCOS, E COM EQUIPAMENTOS INACESSÍVEIS A MAIORIA DA POPULAÇÃO. AO OBSERVAR A SUA OBRA – PENSANDO FORMA E CONTEÚDO – PRETENDEMOS, EM DIÁLOGO COM UMA PERSPECTIVA DA DECOLONIALIDADE DE GÊNERO, ANALISAR A CONTRIBUIÇÃO ARTÍSTICA E SOCIAL DAS IMAGENS PRODUZIDAS POR NAYARA JINKS.