ESTE ARTIGO ANALISA OS FUNDAMENTOS CONCEITUAIS DAS TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO, IMPLICAÇÕES DO SEU APORTE AOS PROCESSOS EDUCACIONAIS E, EM CARÁTER MAIS ESPECÍFICO, AS BASES DA USABILIDADE DO VIRTUAL PARA O ENSINO DAS CIÊNCIAS NATURAIS, TOMANDO, DENTRE OUTROS REFERENCIAIS TEÓRICOS, CASTELLS (2005), LÉVY (1996; 1999), CHAVES (2018), MATURANA E VARELA (2001). METODOLOGICAMENTE ORGANIZA-SE EM TRÊS ENFOQUES PRINCIPAIS: (1) A CONTEXTUALIZAÇÃO DA TECNOLOGIA DO PONTO DE VISTA DE SUAS RELAÇÕES SOCIAIS, POLÍTICAS, ECONÔMICAS E CULTURAIS, CONTRASTANDO COM AS TENDÊNCIAS DE SITUÁ-LA COMO FENÔMENO INUSITADO NOS LIMITES DOS ESPAÇOS EDUCACIONAIS; (2) A EMERGÊNCIA DO CIBERESPAÇO COMO MATRIZ DE RECONSTRUÇÃO DO SABER E A EXIGÊNCIA DE UMA NOVA PRAGMÁTICA PARA OS SISTEMAS EDUCACIONAIS; E (3) A APLICABILIDADE DA REALIDADE VIRTUAL PARA O ENSINO DAS CIÊNCIAS EM FACE DA NATUREZA DOS PROCESSOS DE PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO CIENTÍFICO. COMO RESULTANTES, REITERA-SE A NECESSIDADE DE SE REPENSAR O ENFRENTAMENTO DAS APLICAÇÕES TECNOLÓGICAS COMO ALGO ABSTRATO OU COMPLETAMENTE ALHEIO À DINÂMICA EDUCACIONAL, PROPONDO UMA MENTALIDADE QUE PRIVILEGIE A CONSTRUÇÃO DE UMA PRAGMÁTICA PARA DAR SUPORTE AOS PROCESSOS DE INOVAÇÃO E AO EXERCÍCIO DE INTELIGÊNCIA COLETIVA NOS AMBIENTES VIRTUAIS DE ENSINO-APRENDIZAGEM. PARTICULARMENTE, AS POTENCIAIS CONTRIBUIÇÕES QUE O VIRTUAL ENSEJA COMO FERRAMENTA PEDAGÓGICA AO ENSINO DAS CIÊNCIAS NATURAIS ESBARRAM NUMA PERCEPÇÃO FORTEMENTE CARACTERIZADA POR UM OBJETIVISMO CENTRAL (FOCO NO OBJETO), A DESPEITO DA QUALIDADE SUBJETIVA QUE O PRÓPRIO MANUSEIO DAS TECNOLOGIAS DO VIRTUAL SUGERE PARA OS PROCESSOS DE CRIAÇÃO E REFORMULAÇÃO DO CONHECIMENTO.