BURNOUT É UMA SÍNDROME PSICOLÓGICA QUE SURGE EM RESPOSTA À ESTRESSORES CRÔNICOS NO CONTEXTO LABORAL E COM OS QUAIS OS TRABALHADORES NÃO LIDAM EFICAZMENTE ACARRETANDO PREJUÍZOS DE ORDEM FÍSICA, MORAL E PSICOLÓGICA. SENDO O BURNOUT PRODUTO DE UMA REAÇÃO A UM AMBIENTE ESTRESSANTE, PRESUME-SE QUE OS ESTUDANTES DE MEDICINA SÃO MAIS SUSCETÍVEIS A DESENCADEÁ-LO. NA POPULAÇÃO DE ACADÊMICOS, O BURNOUT, SE ORGANIZA EM TRÊS DIMENSÕES: EXAUSTÃO EMOCIONAL, DESCRENÇA E EFICÁCIA PROFISSIONAL. COM EFEITO, O BURNOUT E AS CONDUTAS SUICIDÁRIAS PARECEM ESTAR ASSOCIADOS JÁ NA GRADUAÇÃO, NO DECORRER DO CURSO DE MEDICINA. O OBJETIVO FOI VERIFICAR A RELAÇÃO ENTRE A SÍNDROME DE BURNOUT E A IDEAÇÃO SUICIDA EM ACADÊMICOS DE MEDICINA DO SERTÃO PARAIBANO. TRATA-SE DE UM ESTUDO CORRELACIONAL, DE CORTE TRANSVERSAL E DELINEAMENTO QUANTITATIVO, SENDO A AMOSTRA COMPOSTA POR 305 DISCENTES ACADÊMICOS DOS CURSOS DE MEDICINA DE INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR (IES) PÚBLICAS E PRIVADAS DO SERTÃO PARAIBANO. OS INSTRUMENTOS UTILIZADOS FORAM O MASLACH BURNOUT INVENTORY – STUDENT SURVEY (MBI-SS), O QUESTIONÁRIO DE IDEAÇÃO SUICIDA (QIS) E UM QUESTIONÁRIO SOCIODEMOGRÁFICO. AS CORRELAÇÕES EVIDENCIARAM UM RESULTADO NO SENTIDO POSITIVO PARA O ESCORE GERAL DO QIS E AS DIMENSÕES EXAUSTÃO EMOCIONAL (R=0,29; P < 0,01) E DESCRENÇA (R=0,38; P < 0,01) E NEGATIVA EM RELAÇÃO A EFICÁCIA PROFISSIONAL (R= -0,18; P < 0,05). CONCLUI-SE QUE OS ACADÊMICOS DE MEDICINA DESSA AMOSTRA NÃO APRESENTARAM BURNOUT, ENTRETANTO, OS DADOS INDICAM QUE O PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DA SÍNDROME DE BURNOUT PODE ESTAR EM CURSO. PÔDE-SE CONSTATAR TAMBÉM QUE A FREQUÊNCIA DE COGNIÇÕES SUICIDAS É BAIXA.