Artigo Anais do I CONEIL

ANAIS de Evento

ISBN: 978-65-86901-92-4

VARIANTES DO TERMO “LÉSBICA” EM LIBRAS SOB O OLHAR DA SOCIOLINGUÍSTICA VARIACIONISTA E DA TEORIA QUEER

Palavra-chaves: SOCIOLINGUÍSTICA, QUEER, VARIAÇÃO LINGUÍSTICA, LIBRAS, LÉSBICA Comunicação Oral (CO) AT 03: Linguagem, gênero e sexualidade: pensamento contemporâneo
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Publicado em 17 de novembro de 2020

Resumo

ESTE TRABALHO BUSCA DISCUTIR AS ETIMOLOGIAS E TAMBÉM MAPEAR DIFERENTES SINAIS QUE SE REFEREM A “LÉSBICA” EM LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS (LIBRAS) A PARTIR DA TEORIA QUEER E DA SOCIOLINGUÍSTICA VARIACIONISTA. AS IDENTIDADES DE GÊNERO E SEXUALIDADE SÃO O PONTO CENTRAL DA TEORIA QUEER, QUE QUESTIONA AS NORMAS PELAS QUAIS ALGUNS CORPOS SÃO MARCADOS E OUTROS NÃO. DESSE PONTO DE VISTA, O GÊNERO E A SEXUALIDADE INDEPENDEM DA ANATOMIA GENITAL, PORÉM, EM NOSSA CULTURA, ASSUME-SE (OU SE ESPERA) QUE TODOS OS CORPOS SEJAM CISGÊNEROS E HETEROSSEXUAIS, O QUE NOS LEVA A DISCUTIR AS PRÁTICAS LINGUÍSTICAS QUE MANTÊM ESSA CONCEPÇÃO. A LIBRAS É UMA LÍNGUA VISO-MOTORA E MUITO DE SEUS SINAIS SURGEM A PARTIR DA CARACTERÍSTICA VISUAL DOS REFERENTES, O QUE SE DEFINE COMO “ICONICIDADE”; É TAMBÉM HETEROGÊNEA E, PORTANTO, POSSUI VARIAÇÃO LINGUÍSTICA POR REGIÃO, GRUPO SOCIAL, FORMALIDADE ETC. ASSIM SENDO, O TERMO “LÉSBICA”, POR EXEMPLO, POSSUI DIFERENTES SINAIS PARA REPRESENTÁ-LO, TRATANDO, ASSIM, DE VARIANTES LEXICAIS, COM ETIMOLOGIAS MORFOLÓGICAS OU ICÔNICAS DISTINTAS, QUE PODEM SER ANALISADAS À LUZ DO SISTEMA MORFOLÓGICO INTERNO DA LÍNGUA, DE SUA INTERAÇÃO COM O PORTUGUÊS QUE MANTÉM O STATUS MAJORITÁRIO NO PAÍS E DA CONCEPÇÃO DE GÊNERO E SEXUALIDADE QUE CIRCULA NAS PRÁTICAS LINGUÍSTICAS DA COMUNIDADE SURDA. DO PONTO DE VISTA METODOLÓGICO, TRATA-SE DE UMA PESQUISA BIBLIOGRÁFICA, EXPLORATÓRIA, QUANTITATIVA E QUALITATIVA. DURANTE O DESENVOLVIMENTO DA ANÁLISE SOB O VIÉS DA SOCIOLINGUÍSTICA VARIACIONISTA CUJOS PRESSUPOSTOS TEÓRICO-METODOLÓGICOS TAMBÉM JÁ FORAM APLICADOS A LIBRAS, BASEAMO-NOS NAS PESQUISA DE ANDRADE (2013), DIZEU (2014), FRYDRYCH (2012) E TARALLO (1997); JÁ, PARA ANÁLISE E DISCUSSÃO DA CARGA SEMÂNTICA DOS SINAIS, RETOMAMOS OS TRABALHOS DE BUTLER (2018) E DE LANZ (2017). O MAPEAMENTO DAS VARIANTES DE “LÉSBICA”, JÁ REGISTRADAS NO DICIONÁRIO CAPOVILLA E EM SANTOS (2019), APRESENTA CINCO VARIANTES LEXICAIS. AO INVESTIGARMOS A ETIMOLOGIA, UMA VARIANTE SURGIU A PARTIR DA INICIALIZAÇÃO, QUE É O FENÔMENO PELO QUAL UM SINAL É COMPOSTO PELA LETRA DO ALFABETO DA PALAVRA EM PORTUGUÊS (ATUALMENTE QUESTIONA-SE O PRESTÍGIO E A INFLUÊNCIA DA LÍNGUA ORAL EM LIBRAS, QUE É MINORITÁRIA); TRÊS VARIANTES SÃO MOTIVADAS ICONICAMENTE PELO ATO SEXUAL ENTRE MULHERES CISGÊNERO, O QUE REVELA UMA CARGA SEMÂNTICA DE CISNORMATIVIDADE E PAPEL SEXUAL; E A ÚLTIMA VARIANTE APONTA PARA UMA CONSTRUÇÃO DERIVADA DO SINAL MULHER, PORÉM É UTILIZADA EM SITUAÇÕES MUITO RESTRITAS. POR ESSES MOTIVOS, ESTE TRABALHO É RELEVANTE PARA AS PESSOAS FALANTES DE LIBRAS QUE SE ENTENDAM DENTRO DE, OU SE INTERESSEM POR, GÊNERO E SEXUALIDADE DISSIDENTES, NO SENTIDO DE TEREM CONSCIÊNCIA ACERCA DA UTILIZAÇÃO DOS SINAIS DE “LÉSBICA”. ALÉM DISSO, ELE PROPÕE PROBLEMATIZAR PRÁTICAS LINGUÍSTICAS QUE REFORÇAM PRECONCEITOS.

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