A VARIAÇÃO LINGUÍSTICA É UM PROCESSO RECORRENTE EM TODAS AS LÍNGUAS, HAJA VISTA QUE A LÍNGUA É
HETEROGÊNEA E ESTÁ EM CONSTANTE EVOLUÇÃO. ENTRETANTO, HÁ AQUELES QUE NÃO RECONHEÇAM A
HETEROGENEIDADE DA LÍNGUA, E CREEM QUE, EM UM SISTEMA LINGUÍSTICO, SÓ HÁ UMA
ÚNICA FORMA DE FALAR DETERMINADAS COISAS, QUANDO EM REALIDADE, SOMADAS AO PROCESSO DE
INTERAÇÃO DOS INDIVÍDUOS, SÃO FORMADAS O QUE CHAMAMOS DE ”VARIANTES LINGUÍSTICAS”. AQUELES
QUE CREEM NA HOMOGENEIDADE DA LÍNGUA LEVAM A TERMO DENTRO DA SOCIEDADE, O ARRAIGAMENTO DO
QUE CHAMAMOS DE “PRECONCEITO LINGUÍSTICO”, QUE É O JUÍZO DE VALOR DADO A ALGUMAS PESSOAS
LEVANDO A CRER QUE UMAS FALAM MELHOR QUE OUTRAS. POR CONSEGUINTE, BASEADO EM UMA PESQUISA
DE CAMPO CONDUZIDA PELA PROFA. DRA. ROSSANA RAMOS, QUE SE OBJETIVOU EM INVESTIGAR O
PENSAMENTO DAS PESSOAS QUE ESTÃO FORA DO ÂMBITO ACADÊMICO, ACERCA DA CRENÇA DE QUE UM
INDIVÍDUO FALA MELHOR QUE OUTRO. A METODOLOGIA FOI DE CUNHO QUALITATIVO, EM QUE SE REALIZOU
UMA ENTREVISTA COM VÁRIOS INDIVÍDUOS DE DIFERENTES ÂMBITOS E CLASSES SOCIAIS, INDAGANDO-LHES
SOBRE A TEMÁTICA. COMO PREVISTO, OBSERVOU-SE QUE QUEM FALA BEM É AQUELES CUJA OPORTUNIDADE
DE ESTUDO LHES FORAM DADAS, AQUELES QUE LEEM MUITO; ENTRE OUTROS, DOUTORES, MÉDICOS, JUÍZES...
TODAVIA, FALAM MAL AS PESSOAS QUE NÃO ESTUDAM, VIVEM EM ZONAS RURAIS, OS QUE NÃO SE
INTERESSAM PELA LEITURA E POSSUEM BAIXA ESCOLARIDADE. TAIS RESULTADOS CORROBORAM O QUE FORA
DITO POR BAGNO, QUE A CONCEPÇÃO DE FALAR BEM OU MAL SE DÁ PELO DINAMISMO DO PRECONCEITO
ANTES SOCIAL DO QUE LINGUÍSTICO.