Artigo E-book IV DESFAZENDO GÊNERO

E-books

ISBN: 978-65-86901-06-1

DE CASSANDRA RIOS OU DA CENSURA PELO CÂNONE BRASILEIRO

Palavra-chaves: CASSANDRA RIOS, LITERATURA BRASILEIRA, CANÔNE LITERÁRIO, , E-book ST 18: QUEERIZANDO O CÂNONE LITERÁRIO DE LÍNGUA PORTUGUESA
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                  <br />\r\n
                  &nbsp; &nbsp;No Brasil, os &uacute;ltimos vinte anos testemunharam um importante curto-circuito na discuss&atilde;o do corpo humano em suas diferentes perspectivas. Novas abordagens sobre esse tema deixaram de se enclausurar em disciplinas e mitos comuns aos campos can&ocirc;nicos de produ&ccedil;&atilde;o do conhecimento e passaram, com um perfil n&ocirc;made e cr&iacute;tico, a desafiar os estatutos n&atilde;o risom&aacute;ticos desses centros hegem&ocirc;nicos do saber-poder. Apostas pol&iacute;ticas de modelos institucionalizados da interven&ccedil;&atilde;o p&uacute;blica, como curr&iacute;culos pedag&oacute;gicos e legisla&ccedil;&otilde;es, bem como de emergentes modos de vida cotidiana &ndash; subjetiva&ccedil;&otilde;es fora do arm&aacute;rio e assumidamente (in)submissas &ndash;, foram essenciais para uma guinada a outros paradigmas na constru&ccedil;&atilde;o do conhecimento.<br />\r\n
                  &nbsp; &nbsp;O IV Semin&aacute;rio Internacional Desfazendo G&ecirc;nero, com o tema &ldquo;Corpos dissidentes, corpos resistentes: do caos &agrave; lama&rdquo;, buscou desbravar essas recentes trilhas, apresentando-se como uma a&ccedil;&atilde;o que fertilizou, em Recife/Olinda, de 13 a 15 de novembro de 2019, o debate e as inquieta&ccedil;&otilde;es que abrem novos campos de atua&ccedil;&atilde;o sobre as manifesta&ccedil;&otilde;es da vida. Com uma programa&ccedil;&atilde;o diversa formada por palestras, mesas de debate, simp&oacute;sios tem&aacute;ticos, exposi&ccedil;&atilde;o de p&ocirc;steres acad&ecirc;micos, lan&ccedil;amentos de livros e atra&ccedil;&otilde;es art&iacute;sticas, consolidou discuss&otilde;es sobre as potencialidades micro e macropol&iacute;ticas das performatividades de g&ecirc;nero e sexualidade, realizadas em diferentes pr&aacute;ticas discursivas e situadas em distintos contextos institucionais que desfazem e refazem matrizes normativas reguladoras das subjetividades e dos desejos.<br />\r\n
                  &nbsp; &nbsp;Pedagogias queer, artivismos de dissid&ecirc;ncia de g&ecirc;nero e sexualidade, as m&uacute;ltiplas cores dos feminismos, epistemologias queerificadas, pol&iacute;ticas do corpo como lugares de ser-fazer desejo, g&ecirc;nero e sexualidade, empregabilidade e acesso da popula&ccedil;&atilde;o dissidente sexual e de g&ecirc;nero aos regimes de poder, a decolonialidade por um pensamento dissidentes, os corpos transviados em tempos de ordem e outros temas perigo deram a t&ocirc;nica multifacetada das discuss&otilde;es abordadas na quarta edi&ccedil;&atilde;o do evento. Nesse sentido, percebemos os agenciamentos te&oacute;rico-pol&iacute;ticos necess&aacute;rios para (sobre)viv&ecirc;ncia desses heter&oacute;clitos corpos dissidentes em meio aos anseios de uma constru&ccedil;&atilde;o pol&iacute;tico-afetiva na busca de tentar organizar o caos para uma (re)exist&ecirc;ncia.<br />\r\n
                  &nbsp; &nbsp;Os &uacute;ltimos anos t&ecirc;m presenciado muitas a&ccedil;&otilde;es ativistas em prol de pessoas que possuem g&ecirc;nero e sexualidade perif&eacute;ricas. Essa realidade configura uma rede de pr&aacute;ticas sociais que revela m&uacute;ltiplas vozes dissonantes em embates que n&atilde;o se restringem ao Direito, &agrave; pol&iacute;tica governamental ou &agrave; milit&acirc;ncia de coletivos LGBT+ organizados, mas envolvem todos os setores da vida social, como a fam&iacute;lia, a escola, as religi&otilde;es, a m&iacute;dia, a Sa&uacute;de e a ci&ecirc;ncia. O Semin&aacute;rio da quarta edi&ccedil;&atilde;o do Desfazendo G&ecirc;nero cumpriu tamb&eacute;m esse papel de transforma&ccedil;&atilde;o na luta social. Seu objetivo, que foi tematizar m&uacute;ltiplas discuss&otilde;es em torno das agruras vividas por pessoas de g&ecirc;nero e sexualidade dissidentes, teve efeito na produ&ccedil;&atilde;o de trocas importantes para novas alian&ccedil;as de resist&ecirc;ncia e na consolida&ccedil;&atilde;o das intersubjetividades da popula&ccedil;&atilde;o LGBT+, tomando como objeto de an&aacute;lise cr&iacute;tica as pr&aacute;ticas que subvertem e/ou alargam a heteronormatividade.<br />\r\n
                  &nbsp; &nbsp;Como resultado de todas as discuss&otilde;es presentes no evento, este e-book emerge na qualidade de uma cole&ccedil;&atilde;o de textos potente, ratificando a pertin&ecirc;ncia e relev&acirc;ncia das a&ccedil;&otilde;es do Desfazendo G&ecirc;nero, que se ancoram a diversos processos de visibiliza&ccedil;&atilde;o da popula&ccedil;&atilde;o perif&eacute;rica de g&ecirc;nero e sexualidade que desestabilizam os imperativos normativos. Ao mesmo tempo em que estes processos s&atilde;o produzidos na rela&ccedil;&atilde;o com a matriz da inteligibilidade cultural, eles tamb&eacute;m transformam as fronteiras que estabelecem as normalidades forjando outros/novos modos de vida. Sem d&uacute;vida, estas pr&aacute;ticas comp&otilde;em cen&aacute;rios interessantes tanto do ponto de vista acad&ecirc;mico quanto no que condiz ao campo das pol&iacute;ticas sociais de educa&ccedil;&atilde;o, sa&uacute;de, direito etc.&nbsp;<br />\r\n
                  &nbsp; &nbsp;Por tudo isso, &eacute; uma satisfa&ccedil;&atilde;o apresentar este material. Temos a certeza de que suas diferentes performatividades escritas e seus agenciamentos aqui trar&atilde;o desafios de pensar o lugar das alteridades nas rela&ccedil;&otilde;es pol&iacute;ticas dos estudos cient&iacute;ficos &ndash; n&atilde;o apenas na &aacute;rea das Ci&ecirc;ncias Humanas &ndash;, das diversas formas de ativismos e tamb&eacute;m dos diferentes setores da vida social. &nbsp;Seus cap&iacute;tulos consistem numa exemplar mobiliza&ccedil;&atilde;o que se revela na arena da luta pela democratiza&ccedil;&atilde;o dos significados de aspectos importantes para a forma&ccedil;&atilde;o cultural e para a garantia de direitos sociais, posto que o problema da exclus&atilde;o que os grupos abordados aqui sofrem &eacute; historicamente multicausal e tem efeitos tamb&eacute;m de diversas naturezas, estando, assim, longe de ser t&atilde;o s&oacute; legal; &eacute;, mais do que isso, &eacute; um problema &eacute;tico. Nesse cen&aacute;rio, este e-book &eacute; um grande protagonista e certamente &eacute; um exerc&iacute;cio de lan&ccedil;a nas estrat&eacute;gias que incorporaram, entre outras coisas, a difus&atilde;o de uma linguagem mais inclusiva para pessoas LGBT+, a forma&ccedil;&atilde;o de profissionais de educa&ccedil;&atilde;o, o questionamento sobre demandas jur&iacute;dicas, o esfor&ccedil;o pelo controle social da formula&ccedil;&atilde;o e implementa&ccedil;&atilde;o de pol&iacute;ticas p&uacute;blicas entre outras dimens&otilde;es. Desejamos, portanto, uma boa leitura!<br />\r\n
                  <br />\r\n
                  <strong>Natanael Duarte de Azevedo<br />\r\n
                  Iran Ferreira de Melo<br />\r\n
                  (Coordenadores do IV Semin&aacute;rio Internacional Desfazendo G&ecirc;nero)</strong>
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                  Ariane Rafaela de Freitas - UFRPE<br />\r\n
                  Eduardo Barbuio - UFRPE<br />\r\n
                  Emanuelle Camila Moraes de Melo Albuquerque Lima - UFRPE/UAG<br />\r\n
                  I&ecirc;do de Oliveira Paes - UFRPE<br />\r\n
                  Iran Ferreira de Melo - UFRPE<br />\r\n
                  Jo&atilde;o Batista Martins de Morais - UFRPE/UAG<br />\r\n
                  Jo&atilde;o Lu&iacute;s da Silva - UFPE<br />\r\n
                  Lorena Lima de Moraes - UFRPE<br />\r\n
                  Maria do Socorro De Lima Oliveira - UFRPE<br />\r\n
                  Natanael Duarte de Azevedo - UFRPE<br />\r\n
                  Paloma Pereira Borba Pedrosa - UFRPE<br />\r\n
                  Vicentina Maria Ramires Borba - UFRPE
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                  <strong>Corpos dissidentes, corpos resistentes: do caos &agrave; lama</strong><br />\r\n
                  <br />\r\n
                  &nbsp; &nbsp;No Brasil, os &uacute;ltimos vinte anos testemunharam um importante curto-circuito na discuss&atilde;o do corpo humano em suas diferentes perspectivas. Novas abordagens sobre esse tema deixaram de se enclausurar em disciplinas e mitos comuns aos campos can&ocirc;nicos de produ&ccedil;&atilde;o do conhecimento e passaram, com um perfil n&ocirc;made e cr&iacute;tico, a desafiar os estatutos n&atilde;o risom&aacute;ticos desses centros hegem&ocirc;nicos do saber-poder. Apostas pol&iacute;ticas de modelos institucionalizados da interven&ccedil;&atilde;o p&uacute;blica, como curr&iacute;culos pedag&oacute;gicos e legisla&ccedil;&otilde;es, bem como de emergentes modos de vida cotidiana &ndash; subjetiva&ccedil;&otilde;es fora do arm&aacute;rio e assumidamente (in)submissas &ndash;, foram essenciais para uma guinada a outros paradigmas na constru&ccedil;&atilde;o do conhecimento.<br />\r\n
                  &nbsp; &nbsp;O IV Semin&aacute;rio Internacional Desfazendo G&ecirc;nero, com o tema &ldquo;Corpos dissidentes, corpos resistentes: do caos &agrave; lama&rdquo;, buscou desbravar essas recentes trilhas, apresentando-se como uma a&ccedil;&atilde;o que fertilizou, em Recife/Olinda, de 13 a 15 de novembro de 2019, o debate e as inquieta&ccedil;&otilde;es que abrem novos campos de atua&ccedil;&atilde;o sobre as manifesta&ccedil;&otilde;es da vida. Com uma programa&ccedil;&atilde;o diversa formada por palestras, mesas de debate, simp&oacute;sios tem&aacute;ticos, exposi&ccedil;&atilde;o de p&ocirc;steres acad&ecirc;micos, lan&ccedil;amentos de livros e atra&ccedil;&otilde;es art&iacute;sticas, consolidou discuss&otilde;es sobre as potencialidades micro e macropol&iacute;ticas das performatividades de g&ecirc;nero e sexualidade, realizadas em diferentes pr&aacute;ticas discursivas e situadas em distintos contextos institucionais que desfazem e refazem matrizes normativas reguladoras das subjetividades e dos desejos.<br />\r\n
                  &nbsp; &nbsp;Pedagogias queer, artivismos de dissid&ecirc;ncia de g&ecirc;nero e sexualidade, as m&uacute;ltiplas cores dos feminismos, epistemologias queerificadas, pol&iacute;ticas do corpo como lugares de ser-fazer desejo, g&ecirc;nero e sexualidade, empregabilidade e acesso da popula&ccedil;&atilde;o dissidente sexual e de g&ecirc;nero aos regimes de poder, a decolonialidade por um pensamento dissidentes, os corpos transviados em tempos de ordem e outros temas perigo deram a t&ocirc;nica multifacetada das discuss&otilde;es abordadas na quarta edi&ccedil;&atilde;o do evento. Nesse sentido, percebemos os agenciamentos te&oacute;rico-pol&iacute;ticos necess&aacute;rios para (sobre)viv&ecirc;ncia desses heter&oacute;clitos corpos dissidentes em meio aos anseios de uma constru&ccedil;&atilde;o pol&iacute;tico-afetiva na busca de tentar organizar o caos para uma (re)exist&ecirc;ncia.<br />\r\n
                  &nbsp; &nbsp;Os &uacute;ltimos anos t&ecirc;m presenciado muitas a&ccedil;&otilde;es ativistas em prol de pessoas que possuem g&ecirc;nero e sexualidade perif&eacute;ricas. Essa realidade configura uma rede de pr&aacute;ticas sociais que revela m&uacute;ltiplas vozes dissonantes em embates que n&atilde;o se restringem ao Direito, &agrave; pol&iacute;tica governamental ou &agrave; milit&acirc;ncia de coletivos LGBT+ organizados, mas envolvem todos os setores da vida social, como a fam&iacute;lia, a escola, as religi&otilde;es, a m&iacute;dia, a Sa&uacute;de e a ci&ecirc;ncia. O Semin&aacute;rio da quarta edi&ccedil;&atilde;o do Desfazendo G&ecirc;nero cumpriu tamb&eacute;m esse papel de transforma&ccedil;&atilde;o na luta social. Seu objetivo, que foi tematizar m&uacute;ltiplas discuss&otilde;es em torno das agruras vividas por pessoas de g&ecirc;nero e sexualidade dissidentes, teve efeito na produ&ccedil;&atilde;o de trocas importantes para novas alian&ccedil;as de resist&ecirc;ncia e na consolida&ccedil;&atilde;o das intersubjetividades da popula&ccedil;&atilde;o LGBT+, tomando como objeto de an&aacute;lise cr&iacute;tica as pr&aacute;ticas que subvertem e/ou alargam a heteronormatividade.<br />\r\n
                  &nbsp; &nbsp;Como resultado de todas as discuss&otilde;es presentes no evento, este e-book emerge na qualidade de uma cole&ccedil;&atilde;o de textos potente, ratificando a pertin&ecirc;ncia e relev&acirc;ncia das a&ccedil;&otilde;es do Desfazendo G&ecirc;nero, que se ancoram a diversos processos de visibiliza&ccedil;&atilde;o da popula&ccedil;&atilde;o perif&eacute;rica de g&ecirc;nero e sexualidade que desestabilizam os imperativos normativos. Ao mesmo tempo em que estes processos s&atilde;o produzidos na rela&ccedil;&atilde;o com a matriz da inteligibilidade cultural, eles tamb&eacute;m transformam as fronteiras que estabelecem as normalidades forjando outros/novos modos de vida. Sem d&uacute;vida, estas pr&aacute;ticas comp&otilde;em cen&aacute;rios interessantes tanto do ponto de vista acad&ecirc;mico quanto no que condiz ao campo das pol&iacute;ticas sociais de educa&ccedil;&atilde;o, sa&uacute;de, direito etc.&nbsp;<br />\r\n
                  &nbsp; &nbsp;Por tudo isso, &eacute; uma satisfa&ccedil;&atilde;o apresentar este material. Temos a certeza de que suas diferentes performatividades escritas e seus agenciamentos aqui trar&atilde;o desafios de pensar o lugar das alteridades nas rela&ccedil;&otilde;es pol&iacute;ticas dos estudos cient&iacute;ficos &ndash; n&atilde;o apenas na &aacute;rea das Ci&ecirc;ncias Humanas &ndash;, das diversas formas de ativismos e tamb&eacute;m dos diferentes setores da vida social. &nbsp;Seus cap&iacute;tulos consistem numa exemplar mobiliza&ccedil;&atilde;o que se revela na arena da luta pela democratiza&ccedil;&atilde;o dos significados de aspectos importantes para a forma&ccedil;&atilde;o cultural e para a garantia de direitos sociais, posto que o problema da exclus&atilde;o que os grupos abordados aqui sofrem &eacute; historicamente multicausal e tem efeitos tamb&eacute;m de diversas naturezas, estando, assim, longe de ser t&atilde;o s&oacute; legal; &eacute;, mais do que isso, &eacute; um problema &eacute;tico. Nesse cen&aacute;rio, este e-book &eacute; um grande protagonista e certamente &eacute; um exerc&iacute;cio de lan&ccedil;a nas estrat&eacute;gias que incorporaram, entre outras coisas, a difus&atilde;o de uma linguagem mais inclusiva para pessoas LGBT+, a forma&ccedil;&atilde;o de profissionais de educa&ccedil;&atilde;o, o questionamento sobre demandas jur&iacute;dicas, o esfor&ccedil;o pelo controle social da formula&ccedil;&atilde;o e implementa&ccedil;&atilde;o de pol&iacute;ticas p&uacute;blicas entre outras dimens&otilde;es. Desejamos, portanto, uma boa leitura!<br />\r\n
                  <br />\r\n
                  <strong>Natanael Duarte de Azevedo<br />\r\n
                  Iran Ferreira de Melo<br />\r\n
                  (Coordenadores do IV Semin&aacute;rio Internacional Desfazendo G&ecirc;nero)</strong>
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                  Iran Ferreira de Melo<br />\r\n
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                  Ariane Rafaela de Freitas - UFRPE<br />\r\n
                  Eduardo Barbuio - UFRPE<br />\r\n
                  Emanuelle Camila Moraes de Melo Albuquerque Lima - UFRPE/UAG<br />\r\n
                  I&ecirc;do de Oliveira Paes - UFRPE<br />\r\n
                  Iran Ferreira de Melo - UFRPE<br />\r\n
                  Jo&atilde;o Batista Martins de Morais - UFRPE/UAG<br />\r\n
                  Jo&atilde;o Lu&iacute;s da Silva - UFPE<br />\r\n
                  Lorena Lima de Moraes - UFRPE<br />\r\n
                  Maria do Socorro De Lima Oliveira - UFRPE<br />\r\n
                  Natanael Duarte de Azevedo - UFRPE<br />\r\n
                  Paloma Pereira Borba Pedrosa - UFRPE<br />\r\n
                  Vicentina Maria Ramires Borba - UFRPE
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Publicado em 12 de junho de 2020

Resumo

ESTE TRABALHO OBJETIVA DISCUTIR A CONDIÇÃO DE MARGINALIDADE SEMPITERNA E COMPULSÓRIA DA OBRA LITERÁRIA DE CASSANDRA RIOS EM RELAÇÃO AO CÂNONE LITERÁRIO BRASILEIRO. ESPECULA-SE QUE, MESMO TENDO SIDO UMA DAS ESCRITORAS MAIS LIDAS DA DÉCADA DE 1970, NO BRASIL, A LITERATURA DE CASSANDRA SOFREU, E SOFRE ATÉ HOJE, UMA DISCRIMINAÇÃO QUE ADVÉM NÃO SOMENTE DO FATO DE SER A HOMOSSEXUALIDADE FEMININA A TEMÁTICA PRIVILEGIADA EM SUA FICÇÃO MAS, ESPECIALMENTE, ADVÉM DA CRÍTICA ACADÊMICA QUE ROTULOU SUA OBRA COMO SUBLITERATURA. DESSA FORMA, PRETENDEMOS PENSAR A OBRA DE CASSANDRA RIOS CONSIDERANDO SEU IMAGINÁRIO E SEU ESTILO, COM INTUITO DE LEGITIMAR SEU PROJETO LITERÁRIO. PARA TANTO, ANALISAREMOS A NARRATIVA DO ROMANCE AS TRAÇAS, ORIGINALMENTE PUBLICADO EM 1975 EM COTEJO COM O PENSAMENTO DE AUTORES COMO TREVISAN (2019), SANTOS (2003), PERROT (2005), FOUCAULT (1984), MISKOLCI (2011) E CULLER (1999).

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