ESSE ESTUDO TRATA DE DISCUTIR A EXPERIÊNCIA DAS MULHERES NEGRAS COMO AUTORAS NA LITERATURA BRASILEIRA, MARCADA POR TENTATIVAS DE SILENCIAMENTO AO LONGO DA HISTÓRIA, COM FOCO NO POETRY SLAM. EMBORA ATINGIDAS PELO CRUZAMENTO E SOBREPOSIÇÃO DE DIFERENTES OPRESSÕES - COMO O PATRIARCALISMO, O RACISMO E A OPRESSÃO DE CLASSE, AS ESCRITORAS NEGRAS TÊM APRESENTADO FORMAS DE RESISTÊNCIA E SUBJETIVAÇÃO, COMO A PRODUÇÃO LITERÁRIA CONTRA-HEGEMÔNICA DOS SLAMS, SOBRETUDO UMA LITERATURA CORPORIFICADA, COM FALAS, EXPRESSÕES CORPORAIS, ACENOS E OBSCENOS, GESTOS LIVRES, EMBEBIDOS DE RAIVAS, DORES, ALEGRIAS, EXPLOSÕES DIVERSAS, EXTERNALIZANDO AS MARCAS DOS SEUS CORPOS VIVIDOS NA EXPERIÊNCIA DA MÚLTIPLA OPRESSÃO. O POETRY SLAM É UMA FORMA DE SUBJETIVAÇÃO ALIANDO CORPO, ESPAÇO, GÊNERO, RAÇA, GERAÇÃO E AUTOCRIAÇÃO. O OBJETIVO É TRAZER DISCUSSÕES DE PESQUISA DE MESTRADO EM ANDAMENTO, MOSTRANDO COMO AS POETAS NEGRAS TÊM RASURADO E SUBVERTIDO O FAZER POÉTICO HEGEMÔNICO ATRAVÉS DO QUE SE NOMEIA “BATALHAS DE POESIA”, MARCADAS PELA PERFORMANCE E PELA ORALIDADE, COM VERSOS QUE EVIDENCIAM, ENTRE OUTROS, INSUBMISSÕES DE GÊNERO E DE RAÇA, EVIDENCIANDO SUBJETIVIDADES RADICAIS. TEÓRICO-METODOLOGICAMENTE PARTO DE UMA ABORDAGEM NEGRO-FEMINISTA, ARTICULADA COM O FEMINISMO NEGRO E O PONTO DE VISTA, DIALOGANDO COM O CONCEITO DE INTERSECCIONALIDADE E CONSIDERANDO-ME UMA SUJEITA SITUADA DESDE DENTRO, COMO UMA PESQUISADORA IMBRICADA NA PESQUISA.