DIANTE DA AUSÊNCIA DO CORPO TRANSMACULINO EM ABORDAGENS CIENTÍFICAS RELATIVAS À TEMÁTICA “MASCULINIDADE”, O PRESENTE TRABALHO ANALISA O PROCESSO DE ABNEGAÇÃO VIVENCIADO PELAS TRANSMASCULINIDADES. AMPARANDO-SE PRINCIPALMENTE EM POSTULADOS DE GRANDES REPRESENTAÇÕES DO FEMINISMO, PROBLEMATIZA-SE DISPOSITIVOS QUE IMPULSIONAM IDENTIDADES TRANSMASCULINAS A SE ESPELHAREM EM UM ARQUÉTIPO DE MASCULINIDADE PENSADO PARA A EXCLUSÃO DOS CORPOS CONSTITUIDORES DA CATEGORIA “HOMEM”. À LUZ DO PENSAMENTO PSICANALÍTICO GALGA-SE A REFLEXÃO EM TORNO DO PRAZER ENVOLTO NA ASSIMILAÇÃO DAS TRANSMASCULINIADES PARA COM A CISMASCULINIDADE. CONSIDERANDO A IDEOLOGIA CONSTITUIDORA DA MASCULINIDADE CIS-HEGEMÔNICA, ENQUANTO FUNDAMENTALMENTE EXCLUDENTE PARA DETERMINADAS IDENTIDADES, APONTA-SE A MASCULINIDADE COMO UMA ARMADILHA POTENCIALMENTE NOCIVA PARA ESPECÍFICOS SUJEITOS. CONSTATANDO A SEVERIDADE DOS IMPACTOS QUE AS GEOGRAFIAS DAS MASCULINIDADES SOCIALMENTE VALIDADAS TÊM NAS SUBJETIVIDADES TRANSMASCULINAS, DISTINGUE-SE OS PROCESSOS AOS QUAIS AS MASCULINIDADES ESTÃO PROPENSAS A PASSAREM E AS DIFERENTES DOSAGENS DOS EFEITOS ABARCADOS POR MASCULINIDADES CISGÊNERAS E TRANSGÊNERAS. REVELANDO, POR FIM, O QUANTO PENSAR MASCULINIDADES TRANSGÊNERAS, DIANTE DA CONJUTURA NA QUAL AS MASCULINIDADES HEGEMÔNICAS SE SUSTENTAM, AMEAÇA A ESTRUTURA NORMATIVA DAS CATEGORIAS DE SEXO E GÊNERO.