O TRABALHO QUE ORA DESENVOLVEMOS BUSCA CONHECER E ANALISAR AS PROPOSTAS CONTIDAS NO PROGRAMA GOVERNAMENTAL APRESENTADO EM JULHO DESSE ANO PELO MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO - MEC, INTITULADO FUTURE-SE. OBSERVAMOS ESSA PROPOSTA A LUZ DAS ANÁLISES QUE COMPREENDEM O DESMONTE NA EDUCAÇÃO PÚBLICA BRASILEIRA NO BOJO DAS DEMANDAS NEOLIBERAIS. A PROPOSTA PREVÊ A INSERÇÃO DE ORGANIZAÇÃO SOCIAIS VOLTADAS À EDUCAÇÃO NAS INSTITUIÇÕES FEDERAIS DE ENSINO, O USO DE SEUS BENS E DE SEU CORPO DOCENTE. OBSERVAMOS EXPERIÊNCIAS DE OUTROS PAÍSES DA AMÉRICA LATINA QUE JÁ VIVENCIARAM ESSE PROCESSO DE PRIVATIZAÇÃO A EXEMPLO DO CHILE DURANTE O GOVERNO DITATORIAL. O FUTURE-SE, ESTÁ ALINHADO AO IDEÁRIO NEOLIBERAL DA EMPREGABILIDADE E DO EMPREENDEDORISMO, BUSCANDO FORMAR MÃO DE OBRA PARA OS POSTOS DE TRABALHO MAIS PRECARIZADOS DO SISTEMA, BUSCA AINDA A DISPERSÃO DOS TRABALHADORES E UMA FORMAÇÃO DESCONECTADA DO PENSAMENTO CRÍTICO, DISFARÇADO DE INOVAÇÃO. A EDUCAÇÃO, AS UNIVERSIDADES E INSTITUTOS FEDERAIS TEM SIDO CAMPO DE RESISTÊNCIA HISTÓRICA NO BRASIL. NA ATUAL CONJUNTURA, ESSES ESPAÇOS SÃO REFERÊNCIAS NO DEBATE ANALÍTICO E NA AÇÃO CONCRETA, POSSIVELMENTE POR ISSO QUE SÃO FRONTALMENTE ATACADOS, SEJA NO CONTINGENCIAMENTO DE GASTOS, SEJA NA PERSEGUIÇÃO AOS QUE SE POSICIONAM EM RESISTÊNCIA AOS DESMONTES. MAS, MAIS QUE ISSO, A EDUCAÇÃO NO BRASIL ATUAL É UM COMÉRCIO COM AÇÕES NA BOLSA DE VALORES, EMPRESÁRIOS DE OUTROS RAMOS MIGRAM PARA A EDUCAÇÃO, NÃO POR ENTENDER SUA IMPORTÂNCIA NA ESTRUTURAÇÃO DA DIGNIDADE HUMANA, MAS ENXERGAR NESSE SETOR UM LUCRATIVO NEGÓCIO.