CONSIDERANDO A POLÍTICA DE EDUCAÇÃO ESPECIAL EM CURSO NO BRASIL E ANCORADO NOS NOVOS ESTUDOS SOBRE O LETRAMENTO, ESSE TRABALHO APRESENTA UM ESTUDO QUE BUSCA COMPREENDER QUAL A FUNÇÃO SOCIAL QUE A ESCRITA ASSUME NO COTIDIANO DE UMA CRIANÇA COM PARALISIA CEREBRAL. FOI REALIZADO UM ESTUDO DE CASO ETNOGRÁFICO COM UM ALUNO DIAGNOSTICADO COM PARALISIA CEREBRAL, 12 ANOS, DO 6º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL EM UMA ESCOLA REGULAR DA CIDADE DE SÃO JOÃO DEL-REI, UTILIZANDO-SE OBSERVAÇÕES PARTICIPANTES, NOTAS DE CAMPO E ENTREVISTAS COM O SUJEITO INVESTIGADO E TAMBÉM COM INFORMANTES PRIVILEGIADOS QUE ATUAM NAS DIVERSAS DIMENSÕES DA VIDA DO MESMO. OBSERVOU-SE QUE AS PRÁTICAS E EVENTOS DE LETRAMENTO QUE COMPÕEM O COTIDIANO DO SUJEITO RESTRINGEM-SE AOS CONTEXTOS FAMILIAR E ESCOLAR E DIFEREM-SE ENTRE SI COM RELAÇÃO AO CONTEÚDO E FORMA COMO ELE PARTICIPA E INTERAGE COM AS MESMAS. A INSTITUIÇÃO ESCOLAR E O AMBIENTE FAMILIAR REQUEREM FORMAS DE INTERVENÇÃO PARTICULARES DE PARTICIPAÇÃO E USO DA LINGUAGEM ESCRITA. CONSIDERANDO QUE A PARTICIPAÇÃO PODE SER PREJUDICADA PELO AFETO QUE ENVOLVE, O PROCESSO DE EXCLUSÃO/INCLUSÃO REFLETE-SE NA RELAÇÃO DO SUJEITO COM AS PRÁTICAS SOCIAIS DE LEITURA E ESCRITA, UMA VEZ QUE SUA PARTICIPAÇÃO E ENVOLVIMENTO VINCULAM-SE AO SENTIMENTO DE DESVALOR E DESLEGITIMIDADE SOCIAL DEFINIDO COMO SOFRIMENTO ÉTICO-POLÍTICO.