O INTUITO DO ARTIGO É ABRIR O DEBATE SOBRE A IMPORTÂNCIA DE INCORPORAR OS ESTUDOS DA HISTÓRIA DA MATEMÁTICA AFRICANA (HMA) NOS CURSOS DE MATEMÁTICA-LICENCIATURA E QUE POR MEIO DESSA FORMAÇÃO DOCENTE HAVERÁ UM REFLEXO NO ENSINO BÁSICO, COM O OBJETIVO DE DESCONSTRUIR PARADIGMAS SOCIAIS, CULTURAIS E POLÍTICOS. UTILIZAR A HMA COMO INSTRUMENTO DE DECOLONIALIDADE DO SABER, DANDO ESPAÇO PARA OS POVOS SUBALTERNIZADOS, RECONHECENDO E UTILIZANDO ALÉM DA MATEMÁTICA ACADÊMICA, EUROPEIZADA, AS PRODUÇÕES DE CONHECIMENTO DOS POVOS AFRICANOS. RESSALTANDO COMO A COLONIALIDADE NEGOU OS CONHECIMENTOS AFRICANOS, EM UM PROCESSO DE COLONIALIDADE DO PODER, A EUROPA CATEGORIZA OS POVOS POR RAÇA, PARTINDO DO CONCEITO QUE ESSES POVOS SÃO INCAPAZES DE PRODUZIR CONHECIMENTO, TRAZENDO PARA ELES UM STATUS DE MODERNIDADE E INFERIORIZANDO, INVISIBILIZANDO OS NÃO EUROPEUS. ASSIM, TRABALHAMOS COM A ANÁLISE DE CONTEÚDO, E POR MEIO DE APLICAÇÃO DE QUESTIONÁRIOS E POR CONVERSAS INFORMAIS ANALISAMOS SE HOUVE E HÁ MUDANÇAS NO CURRÍCULO DO CURSO DE LICENCIATURA EM MATEMÁTICA, VOLTADA PARA A EDUCAÇÃO ETNOMATEMÁTICA E SE OS ALUNOS QUE ESTÃO EM FORMAÇÃO PERCEBEM A IMPORTÂNCIA DOS ESTUDOS SOBRE A HISTÓRIA DA MATEMÁTICA AFRICANA E SE ENXERGAM-SE COMO AGENTES DECOLONIAIS DO SABER.