A presença da literatura popular em sala de aula pede constante discussão e ressignificação de práticas e discursos. Este artigo objetiva refletir sobre o valor da literatura de cordel, como elemento da cultura popular, nas vivências docentes com crianças. A literatura popular tem sido negada nos espaços escolares sob o pretexto de ser pobre e estar à margem do cânone literário. Para gerir a discussão, tomamos como corpus o cordel “Os sete constituintes”, de Antônio Francisco, escritor potiguar, recorrendo às contribuições teóricas de Coelho (1995), Lajolo (2000), Pinheiro (2007), Rodrigues (2011), Zilberman e Silva (1990), Candido (2004) e MEC (1997; 2011). A pesquisa contribui acadêmica e socialmente, pois rivaliza com os paradigmas estabelecidos pela tradição crítica brasileira. Resulta-se, pois, num compêndio de apontamentos e caminhos didático-pedagógicos que fluem para uma abordagem libertária e (trans)formadora do texto literário em sala de aula, principalmente na infância.