Na última década, a presença da literatura de cordel na sala de aula passou a ser cada vez mais frequente. Entretanto, na maioria dos casos, o docente trabalha o cordel como um produto cultural, cuja concepção perpassa pela ação de resgate, como se não existisse mais. Uma compreensão que surge, muitas vezes, antes mesmo da sua formação acadêmica e que acaba se cristalizando. O objetivo deste trabalho é apresentar dados de uma pesquisa, que ainda encontra-se em andamento, sobre uma oficina realizada junto a professores do ensino médio de escolas públicas de Campina Grande, utilizando o cordel como texto literário. Para tanto, o trabalho fundamenta-se nas reflexões de Tardiff (2012), no que se referem aos saberes conquistados pelos professores durante o seu percurso de formação profissional, Abreu (1999), no que tange a historiografia do cordel em terras brasileiras e a sua diferenciação com o cordel português e Marinho e Alves (2012), sobre apontamentos metodológicos para a utilização do folheto em sala de aula.