A literatura infanto-juvenil costuma ser questionada por alguns especialistas da área de literatura por ser colocada no limiar entre mercadoria e recurso pedagógico, estar numa zona de fronteira entre as várias disciplinas, chegando a ser considerada interdisciplinar, provocando disputas entre as áreas que pretendem tê-la como objeto de estudo. Este artigo pretende refletir sobre a função desempenhada por essa literatura nos dias atuais, tendo em vista seu caráter pedagógico e mercadológico, a partir da análise comparativa entre um livro paradidático e um não-padidático. Para isso, foram utilizados o título paradidático Aleijado (2006), de Luiz Antonio Aguiar, e o não-padidático Um garoto chamado Rorbeto (2005), de Gabriel O Pensador.