A literatura infanto-juvenil circula, há séculos, no imaginário de grupos, povos e sociedades. Seu caráter humanizador atribui contornos ideológicos a comportamentos, valores e crenças, de tal modo que passam a refletir, na figuratividade sígnica, as permanência e rupturas próprias da cultura. Assim, deixando-nos guiar pelos trabalhos de Antônio Cândido, acerca da relação entre literatura e sociedade, e de Ângela Kleiman, sobre o caráter social da leitura, pretendemos analisar, no conto O Rouxinol e a Rosa, do escritor e dramaturgo Oscar Wilde, as críticas arremessadas, sutil e incisivamente, à política vitoriana, buscando compreender, numa interlocução entre leitores, os papéis que as personagens representam nesse contexto. Palavras-chave: Literatura. Sociedade. Leitura.