O NOSSO PROPÓSITO NESTE TRABALHO É ANALISAR A TEMÁTICA DAS RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS NA FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES/AS DA EDUCAÇÃO BÁSICA E O DESAFIO DESTES DE REINVENTAR AS SUAS PRÁTICAS NA SALA DE AULA. POR QUE NEM SEMPRE O ACESSO A TEMÁTICA DAS RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS NA FORMAÇÃO CONTINUADA É A GARANTIA DE QUE AS PRÁTICAS EM SALA DE AULA SERÃO REINVENTADAS? O QUE IMPEDE PROFESSORES/AS DE TRABALHAR COTIDIANAMENTE COM OS CONTEÚDOS DE HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA E AFRICANA? ESTAS QUESTÕES NORTEIAM A DISCUSSÃO FORMULADA NESTE TRABALHO CONSTRUÍDA A PARTIR DA ANÁLISE DA EXPERIÊNCIA DE FORMAÇÃO CONTINUADA VIVENCIADA JUNTO AOS PROFESSORES/AS DE UMA ESCOLA PÚBLICA NA CIDADE DE JOÃO PESSOA. PARA TANTO, ANALISAMOS OS CONTEÚDOS MINISTRADOS E OBSERVAMOS AS PRÁTICAS DE ALGUNS DOCENTES EM SALA DE AULA, E RELACIONAMO-LAS COM O QUE ESTUDARAM NA FORMAÇÃO. OS RESULTADOS APONTARAM OS SEGUINTES CAMINHOS: A FORMAÇÃO NÃO É ENCARADA COMO ALGO A MUDAR O FAZER EM SALA DE AULA; ESSE SE CONSTITUI COESO A UM CURRÍCULO DIFÍCIL DE SER QUEBRADO, UMA VEZ QUE FAZ PARTE DA TRADIÇÃO ESCOLAR. POR OUTRO LADO, A HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA E AFRICANA SÃO CONCEBIDOS COMO ESTRANHOS AO FAZER ESCOLAR, E PORTANTO, DIFÍCIL, HAJA VISTA, QUEBRAR A ORDEM VIGENTE NO LIVRO DIDÁTICO. TRATA-SE DE UMA TEMÁTICA QUE TRANSCENDE A SALA DE AULA E IMPLICA EM IMPLODIR A ESCOLA POR DENTRO, OU SEJA, ULTRAPASSAR A PERSPECTIVA EUROCÊNTRICA INERENTE AO CURRÍCULO, QUESTÃO PERCEBIDA POR PROFESSORES/AS, NO ENTANTO, POUCOS/AS SE DISPÕEM A TAL, A MAIORIA LIMITA-SE A REALIZAR AÇÕES ISOLADAS E PONTUAIS.