Ao vertiginoso ritmo de mudanÇa na cultura e da sociedade contemporÂnea, pode-se verificar atualmente um descompasso que afeta as tarefas educativas. Com isso, a esfera social tem se reportado com frequÊncia a mediaÇÃo da famÍlia, visando encontrar as condiÇÕes para o efetivo desenvolvimento educativo dos adolescentes. Nesse viÉs, a relaÇÃo pai- filho vem ganhando um olhar cuidadoso, pois o pai assumiu por muito tempo, uma postura invisÍvel ou acomodada na funÇÃo educativa do filho. Nesse contexto, o presente artigo tem por objetivo identificar a importÂncia do educar para a alteridade na relaÇÃo entre pai e filho adolescente, focalizando o contexto educativo de interaÇÃo e responsabilidade. A perspectiva filosÓfica de LÉvinas contribui como base teÓrica para conhecer este processo de repensar as nossas relaÇÕes humanas, na qual muitas vezes sÃo marcadas na nossa sociedade atual, por relaÇÕes castradoras de reconhecimento a alteridade do outro sujeito na prÓpria famÍlia. O mÉtodo utilizado foi o estudo de Casos MÚltiplos, realizado com adolescentes residentes em bairro de classe mÉdia em Salvador/Bahia. Para a coleta de dados, foi utilizado o “Roteiro de Entrevista sobre Adolescentes e sua adolescÊncia: famÍlia, escola, sociedade” da pesquisa maior intitulada Adolescentes e suas adolescÊncias, realizado na disciplina “Contextos Familiares: vÍnculos de identidade e pertencimento no Programa de PÓs- GraduaÇÃo em FamÍlia na Sociedade ContemporÂnea, da Universidade CatÓlica do Salvador. Os principais resultados revelam que os adolescentes entrevistados apresentam a figura paterna, como elemento importante na socializaÇÃo primÁria e nas relaÇÕes simbÓlicas de respeito e reconhecimento do outro.