O FENÔMENO DA VIOLÊNCIA CONJUGAL CONTRA A MULHER APRESENTA-SE COMO UM RELEVANTE PROBLEMA DE SAÚDE PÚBLICA, VITIMANDO AS MULHERES COTIDIANAMENTE, EM ESCALA MUNDIAL. ESTE FENÔMENO SE SUSTENTA NA SOCIEDADE A PARTIR DAS ASSIMETRIAS DE GÊNERO, A QUAL NATURALIZA ESSA VIVÊNCIA E A TORNA VELADA, REALIDADE QUE É AGRAVADA DEVIDO A SUA OCORRÊNCIA NO ÂMBITO DOMÉSTICO. ESSE CARÁTER VELADO DIFICULTA A SUA IDENTIFICAÇÃO E, CONSEQUENTEMENTE, O ENFRENTAMENTO DA VIOLÊNCIA, O QUE RESULTA EM UMA VIVÊNCIA PROLONGADA QUE COMPROMETE A VIDA E SAÚDE DAS MULHERES. ESSA VIVÊNCIA É COMPARTILHADA COM OS FILHOS E FILHAS, OS QUAIS, POR ESTAREM INSERIDOS NO CONTEXTO VIOLENTO TENDEM, IGUALMENTE, A APRESENTAR REPERCUSSÕES DO AGRAVO EM SUAS VIDAS. ENTRETANTO, AINDA QUE SEJA UM PROBLEMA ALARMANTE, OS PROFISSIONAIS DOS SERVIÇOS DE SAÚDE NÃO SE MOSTRAM PREPARADOS PARA RECONHECER O AGRAVO, ASSIM COMO PARA ASSISTIR A MULHER EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA. DESSA FORMA, A PARTIR DE UMA REVISÃO ASSISTEMÁTICA FOI POSSÍVEL EVIDENCIAR QUE A VIOLÊNCIA PODE SER PERCEBIDA PELO ADOECIMENTO DO CORPO OU PELO SOFRIMENTO MENTAL REFERIDO PELAS MULHERES E SEUS FILHOS(AS). NO QUE SE REFERE ÀS MANIFESTAÇÕES DESSES PROCESSOS ESTAS VÃO ALÉM DAS MARCAS EVIDENCIADAS NO CORPO EM DECORRÊNCIA DA VIOLÊNCIA FÍSICA, PODENDO APRESENTAR-SE NA FORMA DE LABILIDADE EMOCIONAL, ACOMETIMENTOS GINECO-OBSTÉTRICOS, PROCESSOS PSICOSSOMÁTICOS E, NA SUA EXPRESSÃO MÁXIMA, A MORTE.