ESTA INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA, DE NATUREZA BIBLIOGRÁFICA, TEM POR FINALIDADE REFLETIR SOBRE O ESPAÇO URBANO, ENQUANTO TERRITÓRIO ONDE SE FUNDAMENTAM OS SISTEMAS MATERIAIS E IMATERIAIS DA MEMÓRIA, SENDO, POR EXCELÊNCIA, O LUGAR POR ONDE CIRCULAM OS FENÔMENOS MNEMÔNICOS CONSTITUÍDOS COLETIVAMENTE. ASSIM, VERIFICARAM-SE AS CONEXÕES EXISTENTES ENTRE OS LUGARES E AS LEMBRANÇAS. EXPLORAR O CONTEXTO URBANO, PELO PRISMA DA MEMÓRIA, IMPLICA EM EXTRAPOLAR A HISTÓRIA OFICIAL, CONFIGURANDO-SE, POIS, NUMA FORMA DE COMPREENDER AS INTERAÇÕES OPERACIONALIZADAS NO LOCAL HABITADO, QUE É IMPREGNADO DE SEMÂNTICAS E REPRESENTAÇÕES CONVENCIONADAS SOCIALMENTE. DEMONSTROU-SE, EVIDENTEMENTE, A CONSOLIDAÇÃO INTERDEPENDENTE QUE HÁ ENTRE A MEMÓRIA E O LUGAR, E COMO ESTE FENÔMENO CONDICIONA A MANUTENÇÃO DOS GRUPOS SOCIAIS. PARA EFETIVAR ESTA INTERLOCUÇÃO, APLICARAM-SE AS CONTRIBUIÇÕES REFERENCIADAS EM MAURICE HALBWACHS, SOCIÓLOGO FRANCÊS QUE INTRODUZIU AS ABORDAGENS ATINENTES AOS QUADROS SOCIAIS DA MEMÓRIA, EM CONSONÂNCIA COM AS DISPOSIÇÕES DE GRUPOS. ALÉM DISSO, EMPREGARAM-SE AS NOÇÕES DE LUGAR DE MEMÓRIA, CUNHADA POR PIERRE NORA, PARA RESPALDAR A DISTINÇÃO QUE HÁ ENTRE O INSTITUTO DA MEMÓRIA, QUE TRABALHA COM OS DETALHES (EM ESPECIAL AQUELES EXPRESSADOS NARRATIVAMENTE) E O CAMPO DE ATUAÇÃO DA HISTÓRIA (PREOCUPADA COM O REGISTRO, ORGANIZAÇÃO E CATALOGAÇÃO CIENTÍFICA DAS INFORMAÇÕES DE EVENTOS EMBLEMÁTICOS). OS RESULTADOS DESSA PESQUISA ESBOÇARAM, PORTANTO, COMO A MEMÓRIA DA CIDADE ENCONTRA-SE SATURADA DE ELEMENTOS E MARCADORES SOCIAIS, QUE TRANSMITEM A IDENTIDADE, A VIDA E O PROCESSO DE RECONHECIMENTO DE SEUS RESIDENTES. ALÉM DISSO, DISCERNIU-SE QUE, OS LUGARES ONDE A MEMÓRIA SE TORNA ARRAIGADA, ACABA POR SE TRANSFORMAR EM ESPAÇOS NOTADAMENTE MAIS CONSISTENTES EM VALORAÇÃO AFETIVA, SE COMPARADOS COM OS DEMAIS AMBIENTES.