O gênero no espaço escolar não se inscreve apenas em portas de banheiro, em muros e em paredes. Ele “invade” a escola por meio das atitudes dos alunos em sala de aula, na convivência social entre eles e ainda é reproduzido nas disciplinas de formação do profissional de educação física. Este ensaio tem como objetivo analisar criticamente as identidades, as relações de gênero e os desdobramentos das masculinidades no contexto das práticas corporais e escolares. Pretendemos, com este estudo, dar contributo ao meio acadêmico, iniciando uma discussão ao alcance de propostas centradas na construção social das masculinidades na esfera da cultura corporal de movimento. As primeiras impressões permitem inferir que deve haver maior preocupação por parte dos estudiosos e professores com relação às questões de gênero no espaço aberto das práticas corporais, por este propiciar uma maior liberdade de ação e expressão lógico-crítica e a vivência plena de sua corporeidade.