DEVIDO AO ENVELHECIMENTO POPULACIONAL E AOS HÁBITOS DE VIDA MODERNOS, O CÂNCER É UMA DAS DOENÇAS CRÔNICAS MAIS PREVALENTES NA ATUALIDADE. ALGUNS ESTUDOS TÊM OBSERVADO QUE PEPTÍDEOS DERIVADOS DE ALIMENTOS EXERCEM EFEITO ANTITUMORAL, ENTRETANTO OS MECANISMOS PELOS QUAIS ESSES PEPTÍDEOS ATUAM AINDA NÃO ESTÃO COMPLETAMENTE ELUCIDADOS. ASSIM, O PRESENTE TRABALHO TEVE COMO OBJETIVO AVALIAR CRITICAMENTE ESTUDOS QUE DEMONSTRARAM O EFEITO ANTITUMORAL EXERCIDO POR PEPTÍDEOS DERIVADOS DE ALIMENTOS E SEUS POSSÍVEIS MECANISMOS DE AÇÃO. AS BASES DE DADOS UTILIZADAS PARA A BUSCA DOS MANUSCRITOS FORAM OS WEBSITES PUBMED®, LILACS/BIREME® E SCIELO® E CONSIDERADOS OS ESTUDOS: I. PUBLICADOS EM LÍNGUA INGLESA; II. PUBLICADOS ENTRE 2015-2019; III. RELACIONADOS ATIVIDADE APOPTÓTICA, ANTIPROLIFERATIVA E/OU IMUNOMODULADORA. O LEVANTAMENTO RESULTOU EM 28 MANUSCRITOS PRÉ-SELECIONADOS NOS QUAIS 13 INVESTIGARAM SOBRE PEPTÍDEOS/FRAÇÕES PROTEICAS DERIVADOS A PARTIR DE GRÃOS DAS LEGUMINOSAS 46,45% (N = 13), CEREAIS 14,28% (N = 4), VEGETAIS FOLHOSOS 3,57% (N = 1), TUBÉRCULO 3,57% (N = 1), FRUTAS 14,28% (N = 4), FUNGO (COGUMELO) 3,57% (N = 1) E DE ORIGEM ANIMAL 14,28% (N = 4). A SOJA FOI O ALIMENTO MAIS ESTUDADO (35,71%, N = 10). OS MECANISMOS DE AÇÃO MAIS DESCRITOS FORAM A INTERRUPÇÃO DO CICLO CELULAR E INDUÇÃO DA APOPTOSE ATRAVÉS DO AUMENTO DA EXPRESSÃO DA P21, REDUÇÃO DA BCL-2, AUMENTO DA BAX, INDUÇÃO DA CASPASE-3, INIBIÇÃO DA MIGRAÇÃO CELULAR. ESPERA-SE QUE PEPTÍDEOS POSSAM SER UTILIZADOS FUTURAMENTE NA IMUNOTERAPIA DO CÂNCER DEVIDO A SUA MELHOR ESPECIFICIDADE, MENOR CHANCE DE DESENVOLVER RESISTENCIA E CAUSAR TOXICIDADE.