Acreditamos que é de fundamental importância debates na Educação Básica sobre a participação feminina em Ciência & Tecnologia, de maneira a refletir sobre fatores de gênero que embargam, de diversas maneiras, a inserção das mulheres nos campos das C&T e assim contribuir para transformação dos históricos processos de repressão feminina em áreas tipicamente masculinas (e de maior prestígio), dentro deste campo. Nesse sentido, apresentamos experiências de práticas pedagógicas desenvolvidas com estudantes do ensino fundamental (8º e 9º ano) de uma escola de Ensino Básico do Município de Garanhuns (Região do Agreste de Pernambuco). A partir do trabalho desenvolvido, destacamos a observação de lacunas na aprendizagem dos(as) estudantes a cerca das contribuições das mulheres para o desenvolvimento das ciências e referências de aprendizagem que apenas apresentam a construção das descobertas científicas relacionadas com os homens. Dessa forma, argumentamos que a escola, mediante o seu currículo e práticas pedagógicas contemporâneas, precisa enfatizar o histórico de participação das mulheres nas C&T contribuindo para sua visibilidade. De forma contrária, continuaremos a alimentar o teto de vidro, em pleno século XXI, com a manutenção de espaços hierárquicos e desiguais no que tange as relações de gênero e C&T.