A presente pesquisa dialoga com o filme Baixio das Bestas (2006), a partir da perspectiva da teoria Queer visando as configurações do feminino no contexto regional de Pernambuco. Primeiramente, percorre-se a história do cinema pernambucano, denotando suas influências até o desenvolvimento de uma espécie de identidade regional, onde o filme está entrelaçado à realidade cultural. O cineasta Cláudio Assis, escolhido para representa o cinema pernambucano, demonstra no filme analisado, o interior nordestino distinto as regiões metropolitanas. Tal interior é fortemente ligado às questões culturais, cercado por valores morais do século passado e o cultivo de cana-de-açúcar, planta que cerca as paisagens interioranas. As vidas dos personagens cruzam-se no espaço de um pequeno engenho e observa-se a submissão desse feminino diante do poder patriarcal. Nas estruturas em ruínas que sustentam os “fragmentos de um passado”, discutimos o feminino a partir da delimitação de alguns planos fílmicos representativos.