Este trabalho científico busca apresentar uma análise acerca da construção da sexualidade no sujeito por um viés psicanalítico – considerando-o como constituído de desejo e de falta –, além de inserir a cultura como fator importante numa construção psicossocial da execução da livre sexualidade do sujeito – ou, em padrões mais diretivos, da bissexualidade. O objetivo proposto foi o de explanar sobre a constituição psíquica primitiva que derivará numa escolha objetal do sujeito, a escolha de um objeto sexual – objeto esse que é sem nome e sem gênero: constitui-se, portanto, uma tendência à bissexualidade, ou, como é abordado no trabalho, uma execução da livre sexualidade do sujeito – que o é por desejo e não por uma convenção social à heterossexualidade ou a uma escolha direcionada obrigatoriamente ao sexo oposto. Dentre as ideias defendidas, vale destacar a abordagem psicanalítica freudiana acerca da teoria da sexualidade, a constituição psíquica do sujeito como sendo de desejo e de falta – esse desejo e falta como bases da sexualidade –, o direcionamento da catexia objetal em relação ao feminino, masculino ou ambos e a pulsão do sujeito em direção a um objeto sem sexo e sem nome. Ainda sobre os pontos abordados no decorrer deste trabalho vale a pensa considerar a sexualidade como sendo uma construção psicossocial: um direto atravessamento da cultura na questão psíquica – representada pela teoria psicanalítica freudiana. Considera-se, então, que o sujeito psicanalítico o é como ser de desejo e falta e que a cultura também tem papel importante nessa constituição psíquica e social da sexualidade do indivíduo, e que, ainda, o objeto de escolha de seu desejo sexual é selecionado de maneira indiferenciada e, essencialmente, pulsional.