Este trabalho apresenta uma análise a respeito da influência da antropologia e da figura do antropólogo no combate à homofobia. O objetivo foi investigar e analisar o papel da antropologia – como base de estudo, assim como campo diretamente relacionado à cultura e interferências humanas na sociedade – e da figura do antropólogo como sujeito ativo no combate à homofobia. Em seu decorrer são abordados desde pontos históricos como a primeira teoria antropológica até análises pontuais acerca de denominações e construções atuais acerca da homossexualidade e conquistas quanto à redução e criminalização da homofobia. Além dessas questões pontuais, um aponte importante contido neste trabalho é a mudança, por questões etiológicas, do termo homossexualismo para o termo homossexualidade – destacando o Brasil como pioneiro nessa nova nomeação mais adequada e menos preconceituosa. Nesse quadro, a antropologia e o antropólogo – tanto sua figura simbólica como antropólogos em especial que contribuíram fortemente no prélio contra a homofobia – são postos como peça fundamental no combate ao comportamento, arraigado socialmente, homofóbico. Diante de toda a construção antropológica tanto sobre a homossexualidade – ou a sexualidade em si – quanto sobre a homofobia – como construção social a ser combatida e como produto do homem que a antropologia estuda e condena – chegou-se a conclusão de que a figura do antropólogo, sobretudo de alguns que contribuíram direta e incisivamente no combate ao preconceito e especificamente à homofobia, e das teorias antropológicas embasadoras exercem papel de alta relevância na pugna contra o preconceito de gênero – em especial à homofobia.