Artigo Anais CONADIS

ANAIS de Evento

ISSN: 2526-186X

TERRITÓRIOS VALE SANFRANCISCANOS: DOS ABISMOS ENTRE O AGRONEGÓCIO E AS PROPOSTAS DE CONVIVÊNCIA COM O SEMIÁRIDO.

Palavra-chaves: SEMIÁRIDO, TERRITÓRIOS, EDUCAÇÃO CONTEXTUALIZADA, AGRONEGÓCIO Comunicação Oral (CO) AT 09 - Educação e comunicação no Semiárido
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Publicado em 07 de dezembro de 2018

Resumo

Este artigo tem sua gênese nas problematizações suscitadas pela disciplina Produção da Existência nos Territórios Semiáridos, ofertada pelo Programa de Pós Graduação Mestrado em Educação, Cultura e Territórios Semiáridos – PPGESA/UNEBP e, por meio dele, abordaremos os abismos econômicos, culturais e de uso da terra e da água, entre os territórios do agronegócio e as propostas de convivência com o Semiárido, defendidas pelo Instituto Regional da Pequena Agropecuária Apropriada (IRPAA), no Vale do São Francisco, objetivando confrontar as realidades vividas nesses espaços e comprovar de que modo a Educação Contextualizada pode atenuar essas diferenças, através da valorização dos sujeitos e suas vivências no Semiárido brasileiro. Metodologia: Para a elaboração do presente artigo, foi adotada a Visita Técnica, ao Centro de Treinamento do IRPAA em Juazeiro-BA, como processo metodológico, por ser uma metodologia mais holística, que extrapola as limitações da pesquisa tradicional, sempre centrada na figura do pesquisador, e que considera os sujeitos em suas vivências e convivência com os espaços. A visita técnica foi apoiada pela entrevista narrativa de alguns sujeitos envolvidos. No que tange à análise dos espaços do agronegócio, deu-se uma observação participante, sistêmica, dos lotes e canal próximos à área central do Núcleo de Moradores, acompanhada de entrevista aberta com alguns alunos da Escola Poeta Carlos Drummond de Andrade, que também são trabalhadores desses lotes e uma das agentes de saúde e moradora local. As observações, percepções e informações coletadas por meio desses instrumentos, foram registradas em diário de campo, afim de garantir maior integridade das mesmas. Resultados e discussões: A partir dessa visita, da observação e entrevistas realizadas, observou-se os diferentes modos de exploração dos recursos naturais, nos territórios do SAB e de que modo o poder capital altera o Bioma Caatinga, com perspectivas exclusivamente econômicas, favorecendo ao fenômeno da desterritorialização dos sujeitos e da anulação da cultura e saberes tradicionais dos povos do SAB. Outro importante fator evidenciado, que distancia as realidades aqui equiparadas, é a forma como a Educação é concebida e praticada nesses territórios vale sanfranciscanos, onde ainda imperam práticas educativas hegemônicas, de base colonial, que desconsideram as particularidades locais e as múltiplas identidades desses sujeitos e acabam por reforçar os estereótipos em torno do semiárido e do seu povo. Por outro lado, práticas educativas contextualizadas, como a defendida pelo IRPAA, são fundamentais para a (re)construção e valorização da identidade desses indivíduos. Considerações finais: Diante das abordagens suscitadas, em torno dos territórios que compõem o Vale do Submédio São Francisco, são notórias as discrepâncias entre os territórios modificados pelo agronegócio e aqueles que se propõem a conviver com as particularidades do Semiárido. Além das abruptas transformações no meio natural e dos prejuízos causados ao bioma, em nome do desenvolvimento econômico, o agronegócio favorece a hegemonização das práticas e tratamento generalizado e dominador dos sujeitos. Logo, as tradicionais práticas culturais dos sujeitos, em seus territórios, são silenciadas por uma cultura de massa que não respeita as diversidades, num visível processo de desterritorialização. Referências: As discussões aqui apresentadas sustentam-se nas concepções de Educação Contextualizada e Convivência com o Semiárido defendidas por Carvalho (2004) e Silva (2010), nas problematizações em torno de Territórios, Semiárido e exploração aventadas por Saquet (2009), Souza (2009), Malvezzi (2007) e Silva (2008), além da discussão acerca da identidade e do pertencimento para a existência dos territórios, apresentada por Santos (1999).

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