Artigo Anais CONADIS

ANAIS de Evento

ISSN: 2526-186X

EFICIÊNCIA FOTOQUÍMICA DA ABOBRINHA SOB DIFERENTES FONTES DE NITROGÊNIO E SALINIDADE

Palavra-chaves: CUCURBITA PEPO, ESTRESSE SALINO, IRRIGAÇÃO, FISIOLOGIA VEGETAL Comunicação Oral (CO) AT 07 - Qualidade e acesso às águas do Semiárido
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Publicado em 07 de dezembro de 2018

Resumo

O estresse salino é um dos estresses abióticos que mais limitam produtividade das culturas agrícolas, em regiões de clima árido e semiárido. Entretanto, nessas regiões o uso de água salobras é inevitável, devido à baixa disponibilidade hídrica e os constantes períodos de estiagem, essas fontes hídricas são essenciais para manutenção da agricultura irrigada destas regiões. Assim, surge a necessidade de se incorporar estratégias de manejo e convívio com o semiárido, visando melhorar à resposta das plantas ao estresse salino. Estudos constantes vêm sendo realizado nessa temática, principalmente aqueles com potencial de melhorar a absorção e assimilação de nutrientes. A interação salinidade e adubação nitrogenada é amplamente abordada na literatura, devido ao nitrogênio ser requerido em maiores quantidades pelas plantas, e por desempenhar função estrutural em diversos compostos metabólicos, dentre eles os responsáveis pelo ajuste osmótico. Com isso, o presente trabalho teve como objetivo avaliar a eficiência fotoquímica de plantas de abobrinha italiana cv. Caserta submetidas ao estresse salino e adubação com fontes de nitrogênio nítricas e amoniacais em cultivo hidropônico. Por conseguinte, o experimento foi conduzido em estufa, com cobertura de polietileno, pertencente ao Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal Rural do Semiárido (UFERSA), em Mossoró-RN, sob as coordenadas geográficas 5°11’ S e 37°20’ W, e 18 m de altitude. O experimento foi instalado em um delineamento de blocos casualizados, em esquema fatorial 5 x 2, sendo cinco concentrações salinas da água para preparo da solução nutritiva (condutividade elétrica de 0,5; 2,0; 3,5; 5,0 e 6,5 dS m-1) e duas fontes de nitrogênio (Nítrica e Amoniacal), com quatro repetições e três plantas por repetição. As plantas foram cultivadas em vasos plásticos com capacidade para 6 litros, preenchidos com fibra de coco. As plantas foram conduzidas em sistema hidropônico, com todos os nutrientes necessários ao desenvolvimento da cultura, variando apenas as fontes de nitrogênio. Vale salientar que as soluções da fonte amoniacal receberam inibidor de nitrificação, garantindo absorção do nitrogênio exclusivamente na forma amoniacal. As águas salinas foram produzidas pela adição de sais de cloreto de sódio, cloreto de cálcio e cloreto de magnésio na proporção 7:2:1. Para a aplicação da solução de irrigação foram utilizados autocompensantes de vazão de 1,4 L h-1. A eficiência fotoquímica foi avaliada na fase de florescimento, com auxílio de um fluorômetro de pulso modulado, com o qual se determinou a fluorescência inicial (Fo), a fluorescência máxima (Fm), a fluorescência variável (Fm-Fo) e a eficiência quântica do fotossistema II (Fv/Fm). Os resultados mostraram que as plantas nutridas com a fonte de nitrogênio amoniacal apresentaram maiores valores para fluorescência inicial e menores valores para fluorescência variável e eficiência quântica do fotossistema II. Dessa forma, conclui-se que o nitrogênio amoniacal reduz a eficiência fotoquímica de plantas de abobrinha submetidas ao estresse salino.

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