O feijão-fava,Phaseolus lunatus L.), é a segunda leguminosa de maior importância do gênero, é utilizada na alimentação humana e animal, para fornecer proteína vegetal, além de poder ser utilizada para adubação verde ou até mesmo na proteção do solo. Destaca-se como uma das culturas da região Nordeste do Brasil, cultivado em regime de sequeiro, com pouco uso de tecnologias, por agricultores familiares, resultando em baixos índices de produtividade.O déficit hídrico é considerado um dos principais fatores que limitam a produtividade das culturas agrícolas, pois afeta vários processos durante o desenvolvimento vegetal. Apesar de ser considerada uma cultura tolerante à seca, pesquisas têm mostrado que a ocorrência de déficit hídrico no feijão-fava, principalmente nas fases de florescimento e enchimento de grãos, pode provocar severas reduções na produtividade.Com isso, o objetivo foi avaliar os efeitos do déficit hídrico sobre o desenvolvimento de duas variedades de feijão-fava em ambiente protegido. O experimento foi conduzido no Campo Experimental do Centro de Ciências Agrárias, localizado no município de Rio Largo, AL, altitude de 9º 27’ S, longitude de 35º 27’ W e uma altitude média de 127 m acima do nível do mar. O delineamento experimental utilizado foi o inteiramente casualizado (DIC) em esquema fatorial 2 x 4,os tratamentos consistiram da combinação de indução do estresse hídrico, sendo estes: (T1) sem estresse hídrico; (T2) estresse hídrico na fase de desenvolvimento vegetativo; (T3) estresse hídrico na fase reprodutiva (T4) estresse hídrico na fase de maturação, com 4 repetições. Foram avaliados: número de folhas (NF), número de grãos (NG) e massa seca da parte aérea (MSPA-g). Dentre os resultados pode-se concluir que o estresse provocado com o déficit hídrico afetou o desenvolvimento do feijão-fava, diminuiu todos os componentes de produção, prejudicando assim a produtividade das cultivares. A cultura do feijão fava foi mais sensível ao estresse hídrico na fase reprodutiva, onde o número de folhas foi afetado no tratamento com déficit hídrico apresentando 64,88 folhas, nos tratamentos que sofreram com déficit na fase de desenvolvimento vegetativo apresentou 87 folhas. O componente NG também foi afetado pelo déficit hídrico, apresentando o número de 19 grãos por planta e a massa seca da parte aérea apresentando redução equivalente a 35,57% quando comparado ao tratamento com irrigação plena.