Introdução: A crescente busca por plantas que apresentem capacidade de captura do radical livre no organismo humano vem merecendo destaque pela minimização de doenças degenerativas e câncer (NEVES E BRANDÃO, 2012). Extratos de espécies vegetais apresentam em sua composição química, diversos metabólitos secundários que são responsáveis por conferirem às plantas várias atividades biológicas merecendo destaque a atividade antioxidante (Silva et al, 2014). A Mimosa tenuiflora, uma leguminosa pertencente à família Mimosoideae, popularmente conhecida como jurema preta, é encontrada na região caatinga, apresenta diversos compostos bioativos em sua composição e é muito utilizada na medicina popular (NEVES, 2015). Objetivo: Diante do que foi exposto o presente trabalho teve como objetivo determinar a composição de compostos fenólicos e avaliar a atividade antioxidante da Mimosa tenuiflora. Metodologia: Foi realizado uma extração por maceração das folhas de mimosa tendo como solvente extrator o acetato de etila. A avaliação da atividade antioxidante foi realizada segundo metodologia descrita por Mensor et al (2001). A partir de 0,0025 g do extrato vegetal em 25 mL de etanol foi preparada as soluções para a leitura, que para cada concentração analisada foi retirado uma alíquota de 2,5 mL (em triplicata) e posteriormente a adição de 1,0 mL da solução etanólica de DPPH a 0,3 mM. Para o preparo do branco (em triplicta – para cada concentração), foi adicionado em cada vidro âmbar 2,5 mL da solução teste e 1,0 mL de ETOH 99%. O negativo foi realizado em triplicata e em cada vidro âmbar foi adicionado uma alíquota de 2,5 mL de ETOH 99 % e 1,0 mL da solução etanólica de DPPH. A determinação e quantificação dos compostos fenólicos foi realizada utilizando-se da técnica de Cromatografia Líquida de Alta Eficiência. O equipamento utilizado foi um HPLC Shimadzu. Resultados: Na análise cromatográfica, a amostra analisada apresentou diversos compostos fenólicos. Sendo possível observar que o extrato das folhas de Mimosa tenuiflora (fração acetanólica) apresentou uma maior diversidade de compostos fenólicos podendo citar o catecol (4,61mg/L), o ácido cafeico (4,70mg/L), a cumarina (0,53mg/L), o ácido salicílico (4,66mg/L), a rutina (1,50mg/L), a quercetina (48,70mg/L) e o kaempferol (2,48mg/L) em relação a outros estudos que apresentaram apenas quantificação de compostos fenólicos totais pelo método de Folin-Ciocalteau igual a 39,8g/100g de extrato (NEVES e BRANDÃO, 2014) e uma quantificação de 261,74mg EAG/g de extrato da espécie Mimosa hostilis (CUNHA, 2015). Na avaliação da atividade antioxidante a amostra estudada apresentou atividade antioxidante pelo método DPPH. Sendo possível observar que em uma concentração baixa de 200 µg/mL, a M. tenuiflora atingiu um percentual de atividade antioxidante igual a 94,31 %. Considerações finais: Diante das análises realizadas, foi possível identificar e quantificar alguns constituintes bioativos que conferem à planta estudada a capacidade de minimizar ou inibir a ação oxidativa de espécies radicalares. Vale ainda ressaltar que o potencial de captura do radical livre DPPH pela espécie apresenta valores significativos e ainda apresenta uma quantidade de compostos fenólicos significativa.