Artigo Anais CONADIS

ANAIS de Evento

ISSN: 2526-186X

ADSORÇÃO DE PETRÓLEO EM ÁGUAS CONTAMINADAS DE POÇOS (RN/CE) ATRAVÉS DE AREIA DE PRAIA, CARVÃO PULVERIZADO E CASCA DE COCO.

Palavra-chaves: PETRÓLEO, ADSORÇÃO, ÁGUA PRODUZIDA Pôster (PO) AT 13 - Avaliação de Impacto Ambiental no Semiárido
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Publicado em 07 de dezembro de 2018

Resumo

As águas oriundas de poços de petróleo têm uma grande quantidade de contaminantes, apresentando alto volume de rejeito e uma composição complexa: enxofre, metais, sólidos, gases e o próprio petróleo residual dos trabalhos de exploração (Medeiros, 2008). Uma parte deste efluente contaminado é reutilizado em injeção nos poços e, outra, descartada, a 5km da costa, ao mar, após processo simples de decantação em tanques (Fernandes, 2002). Nesse sentido, faz-se necessário estudos sobre a complexidade destas efluentes e possíveis soluções para minimização destes contaminantes, reduzindo os impactos ambientais, como estabelecido pelo CONAMA 357/430, bem como para aumentar as possibilidades de reuso destes efluentes, após tratamentos que retirem o máximo possível de contaminantes. O presente trabalho tem objetivo de comparar três tipos de adsorventes (casca de coco, carvão pulverizado e areia de praia) utilizados para remoção do petróleo contaminante, sob as mesmas condições operacionais de bancada. A turbidez inicial da amostra bruta era 42 NTU e, em teor de óleos e graxas, 80ppm. O volume de amostra bruta utilizado para cada teste foi de 500mL e as massas de adsorventes variaram entre:30g, 60g e 90g; testes realizados em duplicata e separadamente. Anteriormente ao uso dos adsorventes, os testes foram realizados fazendo-se um “branco” onde o suporte utilizado para os adsorventes foi o papel de filtro, assim, passando-se a amostra sem adsorvente, esta demonstrou que o papel foi inerte ao petróleo contaminante. A amostra bruta e as amostras pós tratamento passaram por análises físico – químicas (pH, densidade por picnometria, turbidez em turbidímetro HANNA e tog em aparelho INFRACAL). Neste contexto, este trabalho foi desenvolvido com amostras reais industriais cedidas pela PETROBRAS, em parceria com a UFRN, que cedeu o equipamento TOGINFRACAL para leitura do teor de óleo e graxa presente nas amostras. Os demais testes e análises foram realizadas no IFRN CNAT/DIAREN.A melhor eficiência de remoção com a casca de coco foi aproximadamente 32,7%; utilizando o carvão pulverizado, a melhor remoção foi 99,2% e a areia de praia com melhor eficiência de 95,9%. Concluiu-se, dentro do range estudado, que o carvão ativo pulverizado, por ter uma alta área superficial e composição química com afinidade ao do petróleo, resultou no melhor resultado de remoção do contaminante da água contaminada. A areia de praia também obteve ótimos resultados, provavelmente devido à porosidade entre os grãos compatível com o armazenamento origem do petróleo que é a rocha arenítica. Os resultados menos expressivos foram demonstrados pela casca do coco in natura, cuja maior porcentagem é a lignina e é mais eficiente na produção do álcool. Ressalta-se que é importante avaliar o custo do adsorvente, já que a areia de praia tem um custo mais baixo que o carvão ativo, ficando mais oneroso. Assim, industrialmente, comparando-se em porcentagem o carvão pulverizado tem maior remoção, mas já que a areia apresenta 95,9% de remoção, industrialmente seria o adsorvente mais indicado para grandes volumes de tratamento da água contaminada.

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