Com as mudanças do século XX, o Brasil passa pela transição de uma sociedade oligárquica para urbano-industrial. Assim, sente-se a necessidade de repensar a educação nacional com a finalidade de diminuir os males sociais. A partir dessa reflexão sobre a reorganização da educação nacional, temos a popularização dos ideais eugênicos e sua crescente influência nas reformas educacionais brasileiras. Desse modo, baseando-se no conceito de representação de Chartier e nos pressupostos da História Cultural, o presente artigo faz um levantamento das representações sociais de educadores e intelectuais sobre educação, higiene e eugenia presentes no Boletim de Eugenia e no Diário de Pernambuco no período de 1920 a 1929. Analisando os documentos citados, é possível perceber que a educação deixa de se preocupar apenas com o psicológico do estudante, passando a levar em consideração os fatores constitucionais ou biológicos do mesmo. O espaço escolar também passa a receber atenção especial para impedir que fatores como a má iluminação, pudessem degenerar o indivíduo.