Há milênios, a história ilumina que os direitos humanos manifestam-se na vida real de forma desigual para grupos sociais e pessoas distintas. Mulheres, negros, indígenas, pessoas com deficiência entre outros grupos em desvantagem econômica na sociedade. Muito se tem ouvido nos últimos tempos acerca da palavra inclusão e exclusão, seja na mídia, nos espaços educacionais, ou mesmo nas instituições especializadas para pessoas com deficiência. Entretanto, a presente pesquisa tem como objetivo fazer uma análise sobre o processo de inclusão e exclusão no âmbito escolar em uma escola no município de Caxias, Ma. A pesquisa, realizada a partir da disciplina de Educação Inclusiva no IFMA – Campus Caxias, no qual fomos direcionados para uma coleta de dados. A escolha da escola foi feita pelos próprios alunos. O estudo, desenvolvido no município de Caxias, localizado no estado do Maranhão. Foram utilizados como instrumentos de coleta de dados, entrevistas, questionários e observações. Foram entrevistadas um total de 40 pessoas. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, neste tipo de investigação o pesquisador procura entender os fenômenos, segundo a perspectiva dos participantes da situação estudada e, a partir, daí situa sua interpretação dos fenômenos estudados. A leitura dos resultados é feita com base na análise de conteúdo, onde este tipo de método, é um conjunto de técnicas de pesquisa cujo objetivo é a busca do sentido ou dos sentidos do documento. Os dados da pesquisa foram analisados conforme proposto por Laurence Bardin (2009), segundo a técnica da análise do conteúdo, a função primordial da análise do conteúdo é o desvendar crítico. Inicialmente foi observado que 85% dos alunos do ensino médio entrevistados não conheciam o NAPNE na escola, ou seja, mais da metade dos entrevistados não conheciam o Núcleo de atendimento a portadores de necessidades especiais, o que nos leva a concluir que há uma falta de interesse por parte dos alunos ou há a necessidade da escola informar mais sobre o NAPNE como foi relatado por alguns dos entrevistados. Já 75% dos Servidores, incluído professores e demais, conhecem o NAPNE. Assim, prosseguiu com a entrevista, onde buscamos analisar os aspectos principais sobre processos inclusivos e exclusivos no âmbito escolar. Nossa pesquisa tem nos mostrado que, em muitos momentos, se faz necessário constatar a exclusão para buscar uma melhor forma de inclusão. Cabe ressaltar ainda, que a inclusão é um processo e, como tal, não tem um fim determinado. Requer um processo permanente de construção de sentidos, construção esta coletiva, que parte da necessidade de minimizar as barreiras à aprendizagem – sejam elas quais forem, experienciadas por quem quer que seja – e, consequentemente, de aumentar a participação de um ou vários sujeitos ou grupos que se encontram em situação de exclusão.