O trabalho analisa os principais aspectos que permeiam a relação entre ser jovem e ser estudante acadêmico de jovens graduandos do IFRN. O que se verifica é que o processo de expansão do Ensino Superior trouxe uma nova composição do público acadêmico o que representa um campo de análise em que se precisa avançar. A investigação amplia olhares que vão além do papel unilateral de estudante, ao articular a condição juvenil à condição estudantil. O aporte teórico se atrela à sociologia da educação e da juventude. Está fundamentado epistemologicamente pelo “olhar” fenomenológico, com embasamento na etnometodologia. Trata-se de estudo de abordagem qualitativa, cujo trabalho de campo se concretizou com técnicas e instrumentos variados que proporcionaram um arranjo flexível entre a observação; a aplicação de questionários; as entrevistas individuais; as fotografias e os depoimentos. Partindo do entendimento de que a condição juvenil se entrelaça a outros contextos de vida do jovem, em relevo a condição de ser estudante, algumas categorias foram delineadas para aprofundamento, a saber: a temporalidade; a linguagem; a afetividade e a espacialidade. Os resultados sobre a caracterização da condição juvenil e estudantil, permitiu-nos conhecer os jovens estudantes investigados. E a apresentação das discussões das categorias, ainda que preliminares, possibilita-nos propor uma explicação que defende que os aspectos da condição juvenil e estudantil passam por variados movimentos de transformações, quando do acesso do sujeito ao Ensino Superior. Assim, tendo como um dos pressupostos de que a condição estudantil é uma das faces da condição juvenil, e que ambas se interpenetram, buscamos a compreensão multifatorial voltada à condição do jovem estudante.