Este trabalho tem como objetivo abordar a temática da inclusão da criança autista no ensino
regular, bem como os desafios para que este processo venha a se efetivar satisfatoriamente. A
legislação brasileira garante a presença destas crianças na escola regular, porém isto não significa que
elas estão incluídas de fato. A metodologia adotada para a realização da presente pesquisa foi uma
revisão integrativa, nas bases de dados BVS (Biblioteca Virtual em Saúde), Periódicos Capes, Scielo e
Pepsic. Os descritores utilizados foram: inclusão, autista, autismo, escola. Foram incluídos neste
artigo: trabalhos publicados entre 2013 e 2018, disponíveis em português e que abordavam a inclusão
da criança com autismo no ensino regular. Os critérios de exclusão adotados foram: trabalhos
meramente descritivos, em outro idioma, publicados em período anterior à 2013, incompletos ou
indisponíveis na íntegra, relacionados à inclusão do autista na idade adulta ou nos serviços de saúde. A
somatória de trabalhos encontrados foi de 93 publicações; posteriormente, recorreu-se aos critérios de
inclusão e exclusão, restando 37 trabalhos selecionados que foram lidos por completo, e por fim 11
compuseram o presente trabalho. Dos trabalhos incluídos, 6 eram da Biblioteca Virtual em Saúde
(BVS), 2 da Periódicos Capes, 1 da base de dados Scielo e 2 da Pepsic. Procedeu-se à análise temático
categorial, o que resultou em duas categorias: I. Dificuldades para a inclusão da criança com TEA; II.
Atitudes facilitadoras para a inclusão da criança com TEA. Os resultados apontam que apesar da
legislação vigente garantir à criança autista uma entrada no ensino regular, diversas questões ainda se
configuram como barreiras para incluir satisfatoriamente a criança com autismo, entre elas destacam-
se a formação insatisfatória de professores, a falta de preparação de demais profissionais da educação
e o envolvimento dos familiares. Além disso, a literatura consultada destaca uma visão ultrapassada
nutrida pela sociedade acerca da criança com autismo, e a ausência de recursos tecnológicos que
permitem o empoderamento da criança diagnosticada com TEA como fatores que também impedem a
inclusão dessas crianças. Por fim, também se verificou a ausência de literatura referente à participação
do psicólogo na elaboração de estratégias de inclusão, o que aponta para a necessidade de que estudos
sejam realizados nessa perspectiva.