Apesar do grande avanço tecnológico que vem sendo vivenciado no século XXI, e de todas as políticas voltadas à inclusão, nunca se viu o sujeito tão isolado. Nesse contexto, considerando-se a pessoa surda, observa-se que, dentro dos espaços públicos e meios comunicativos, a inserção e a acessibilidade destas ainda são pouco visíveis. Elas são comumente colocadas à margem, excluídas do poder e da liberdade econômica, social, política e educacional. Tal exclusão advém dos insistentes estereótipos que as destituem de suas autonomias e capacidades de escolha. Um dos espaços públicos que dificulta a inserção das pessoas surdas são as Instituições de Ensino Superior (IES), as quais não possuem, em sua maioria, estruturas adequadas para recebê-las como discentes. Assim sendo, as pessoas surdas findam por recorrer a estratégias próprias, muitas vezes subjetivas, para se inserir. Diante disso, este trabalho teve como objetivo problematizar o campo da inserção da pessoa surda no ambiente educacional de ensino superior público, além de descrever quais são as maiores dificuldades encontradas por elas na acessibilidade a esses espaços. Nessa direção foi realizada uma análise qualitativa de artigos disponíveis nas plataformas Scielo e Anped, procurando interpretar os sentidos das ideias mais relevantes presentes nos textos. Utilizou-se a análise de conteúdo proposta por Bardin, segundo a qual pode-se encontrar o significado dos objetos analisados a partir da descoberta do núcleo dos sentidos que compõe a comunicação.