Nos dias atuais ainda ouvimos falar sobre a presença das mulheres no mercado tradicionalmente masculino da construção civil. A mulher desde os primórdios sofreu preconceito quando o assunto é construção civil. Nota-se que é uma que é uma profissão desempenhada em sua imensa maioria por homens, apesar de vivermos tempos de modernidade e luta por igualdades. Os impasses ainda se tornam existentes quando se fala em discriminação e até mesmo em falta de oportunidades. Foi realizado uma pesquisa em campo com obras diferenciadas, conforme o tipo de construção. Escolhemos uma obra de construção pesada e duas do ramo de edificações consideravelmente mais leve (construção convencional e condomínio residencial). Na realização das edificações observou-se ter a presença feminina (pedreiras e serventes), na realização de limpeza da obra e rejunte de cerâmica. As obras civis não são muito reconhecidas como ambiente de trabalho para o sexo feminino. Acreditamos que esse setor precisa de uma reformulação de ideia em relação as relações de gênero, ao levarmos em consideração os aspectos sociais, histórico e cultural. Os principais problemas enfrentados foram: falta de mão de obra qualificada, assédios sexuais e as marcas da divisão sexual no ambiente de trabalho. Portanto, os canteiros de obras são sim lugares para a atuação profissional das mulheres, contudo, reconhecendo das suas necessidades físicas para a realização das atividades e que essas mudanças possam ocorrer para que possam exercer sua profissão de uma forma mais digna e longe de quaisquer conflito social e cultural, tornando-os cada dia novos desafios.