Este trabalho insere-se nas pesquisas referentes à formação de professores, com a
perspectiva de estudar o Exame Nacional do Ensino Médio e sua relação com a teoria do currículo e
avaliação, a partir de uma proposta pós-crítica. Educação, política e ensino são categorias
indissociáveis. Criado durante o governo FHC e ampliado durante o governo Lula, o ENEM é
proposto como uma forma de avaliar o ensino médio brasileiro; O que envolve tanto professores como
alunos e escolas. Dentro das recentes discussões que envolvem o conhecimento holístico e a
pedagogia pós-crítica, esta avaliação se compromete com a formação integral do ser, dialogando
diretamente com conceitos políticos (que permeiam a educação) como cidadania, democracia e
direitos humanos. Dessa forma, está pautado em uma proposta de currículo abrangente, mais
humanista e menos tecnicista. Nessa perspectiva, este trabalho visa investigar o percurso e a
adequação do processo de formação de professores, dentro das novas propostas que dialogam
educação, política e democracia. Utilizando uma premissa do multiculturalismo, proposto como um
viés de elaboração do exame, utilizamos os estudos de Stuart Hall, dialogando com autores
especialistas na perspectiva pós-crítica, para a analisar a relação entre ENEM, política, avaliação e
currículo. A pesquisa de campo foi feita através da aplicação do Enem Test, um questionário de
questões abertas sobre a composição do exame nacional, que foi respondido por 5 professores do
ensino médio, de diferentes áreas do conhecimento, que atuam na rede pública de ensino de
Pernambuco.