Nas últimas décadas, o ordenamento institucional brasileiro voltou-se à afirmação do Estado democrático, comprometido com a cidadania e com os direitos humanos. Nesse âmbito, a educação escolar, por seu caráter formativo, é indispensável a este compromisso. Desse modo, desenvolvemos um projeto de pesquisa que objetivou problematizar o lugar da escola como um espaço democrático e afirmativo da diversidade, a partir de relações de respeito e de tolerância entre educadores e educandas/os, reconhecidas/os como sujeitos de direitos. Para tanto, investigamos o cotidiano escolar com base na aplicação de um questionário com cinco perguntas objetivas a docentes do Colégio Agrícola da UFPB, buscando as suas impressões quanto à convivência com as diferenças comportamentais identificáveis entre as/os estudantes, relacionadas às diversidades étnica, religiosa, sexual e de gênero. Com base nos questionários respondidos, verificamos que as/os professoras/res afirmam que existe uma postura de respeito à diversidade comportamental. Entretanto, grande parte delas/es considera que a escola precisa estabelecer esforços para consagrar o convívio respeitoso e tolerante entre as pessoas que a integram, uma vez que preconceitos e discriminações continuam presentes na vida social, com repercussões na vida escolar. Esses esforços passam pela formação continuada das/os educadoras/es e pela realização de atividades pedagógicas que envolvam a comunidade escolar. Em vista disso, admitimos que a pesquisa que realizamos pode contribuir com o planejamento dos trabalhos letivos e com a elaboração de projetos educativos voltados à promoção de práticas inclusivas e de respeito às diferenças, por meio de debates, simpósios, fóruns de discussão ou semanas temáticas.