Pensar a prática pedagógica por caminhos que consideram o corpo sujeito é um grande desafio, e pensar essa prática considerando a literatura infantil além de ser um desafio, foi também desafiador articular a fruição com o corpo em movimento. Este trabalho desponta de um relato de experiência desenvolvida em um Centro Municipal de Educação Infantil, com crianças de 02 a 04 anos, visando um diálogo entre o corpo e a literatura infantil. Sob os diálogos de Abramovich (2006), Cavalcanti (2002) e Moreira (2012, buscamos fazer o entrelaçamento das ideias de Merleau-Ponty (1999), discursando sobre a complexidade do corpo pelo viés da fenomenologia. Sob a metodologia da pesquisa descritiva, buscarmos evidenciar o quão foi um momento rico fazer uma interface entre essas duas áreas, mediada pela sensibilidade, intelecção e transcendência, pois a criança é um ser corporalmente ativo. Discursar sobre corpo e a literatura infantil, é levar aos professores, a reflexão de que o conceito de corpo é muito mais que uma forma fisiológica de estar no mundo, corpo é aprendizagem, mas é também encantamento, história, cultura, corpo é prazer, é riso, é arte, corpo é literatura.