Este trabalho vem das reflexões, discussões e considerações da pesquisa de Pós Doutorado da primeira autora e apresenta resultados da investigação sobre as práticas docentes com o uso de tecnologias contemporâneas da informação e da comunicação como estratégias de ensino numa escola do campo, neste trabalho, enfocando as redes sociais. Investigou o uso didático das redes numa escola do campo, compreendendo-as enquanto campo do conhecimento inserido em um campo maior: o das tecnologias da informação e da comunicação, espaço aqui teorizado pelos estudos culturais; buscou ainda identificar, inventariar e analisar o uso didático dessas redes nos processos de ensino na escola do campo; propôs-se ainda a dialogar sobre e compreender o uso dessas redes enquanto estratégias de ensino na escola, como geradoras de um espaço de conhecimento configurado pelos estudos culturais e dimensionado pela “modernidade líquida” conceituada por Bauman, 1999; voltou-se também a enfocar essa “modernidade líquida” e a “vida líquida moderna”, discorrendo sobre elas em seu caráter de instrumentos inalienáveis e indispensáveis da contemporaneidade; afirmar a inexistência de obstáculos para o uso das redes sociais na escola do campo, tanto quanto na escola urbana. Conclui-se que as redes sociais como estratégias de ensino na escola do campo já desmobilizam essa escola do espaço impermeabilizado pela porteira que a isola do mundo, e a insere no mundo dessas tecnologias de forma a eliminar a mais tênue possibilidade de fronteira entre a escola do campo e o meio urbano.