Este artigo a partir do conceito de “modernagem” expresso pelos pescadores artesanais na obra de Castelluci (2013) busca analisar os efeitos da modernidade na organização da pesca artesanal, bem como traz um diálogo sobre modernidade e Educação no âmbito da pesca artesanal e suas problemáticas atuais. Entende-se o território (Santos, 1998) enquanto pressuposto essencial para a sobrevivência da pesca artesanal enquanto atividade ligada à vida dos pescadores e da comunidade pesqueira. A pesquisa traz autores como Castellucci (2013), Freire (1997), Gadotti (2000), Giddens (1991) dentre outros, a partir de levantamento bibliográfico. Considera-se que educação crítica e dialógica,a partir de um currículo ligado a vida dos pescadores e pescadores artesanais pode fomentar práticas que valorizam a cultura ribeirinha e direcionar práticas que os inseriram na cadeia de produção sem agredir o meio ambiente e o modo como se organizam culturalmente, apesar dos desafios gerados pela falta de organicidade de alguns pescadores e de se fazer educação no âmbito da globalização. Evidencia-se nesse primeiro momento da pesquisa que a desterritorialização sem a ressignificação dos espaços e a dialogicidade gera a perda da identidade e eliminação do modo como às comunidades litorâneas e ribeirinhas se organizam e que maiores considerações somente serão explicitadas quando a pesquisa de campo junto a comunidade escolar for iniciada, pois nessa etapa o currículo da escola, o projeto político pedagógico e as entrevistas junto aos pescadores e familiares/estudantes de pescadores e da comunidade escolar.