A acentuada disseminação da língua inglesa tem chamado à atenção de professores e estudiosos da área a cerca das implicações sociais, políticas, e educacionais de tal realidade no ensino de língua inglesa, tendo em vista que a expansão desse idioma tem promovido ideologias de superioridade da língua inglesa e da cultura anglo-americana, o que tem levado à práticas de imperialismo linguístico e cultural. Nesse contexto, Pennycook (1994), Rajogopalan (2005), entre outros autores, defendem que é preciso se conscientizar da ideologia por trás dessa disseminação para resistir e combater tal imperialismo. Nesse cenário, é preciso repensar o ensino de língua inglesa, encontrar maneiras de ensiná-la de modo a emancipar os alunos, capacitando-os a se posicionar contra anseios imperialistas e produzir seus discursos. Para tanto, é necessário a implementação de abordagens libertadoras, que sejam sensíveis as vozes dos alunos, que os permitam apropriar-se da língua inglesa para produzir contradiscursos aos discursos hegemônicos impostos por culturas imperialistas, a exemplo da Pedagogia Crítica. Nesse contexto, será feito, neste artigo, um levantamento do estado da arte sobre imperialismo linguístico e cultural, apoiado, especialmente, nos estudos de Phillipson (1992), enfatizando como o imperialismo se instaura e quais são as suas implicações para o ensino de língua inglesa, além de propor a implementação da Pedagogia Crítica como um meio de resistir a tais ideologias, fundamentado, principalmente, nos trabalhos de Pennycook (1994; 1998) e Rajogopalan (2005).