Atualmente, muito se discute sobre a formação de professores, fazendo-se presente grande preocupação por um melhor processo de formação docente. Parte-se da premissa que a formação do professor é um processo contínuo e permanente. Assim, este trabalho objetivou identificar e analisar a formação inicial e continuada dos professores de Educação Física atuantes em escolas prisionais. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, utilizando como instrumento para a coleta de dados entrevista semiestruturada, questionário e caderno de campo. Esta investigação foi desenvolvida com três professores de Educação Física atuantes em escolas prisionais das cidades de Mariana, Ouro Preto e Ponte Nova, no Estado de Minas Gerais. A análise dos dados revelou que os professores participantes do estudo embora tivessem como formação inicial o curso de licenciatura em Educação Física, relataram que ao ingressar na docência em escola prisional não se sentiram preparados para desempenhar a função docente naquele contexto, indicando lacunas na formação inicial. Esses professores afirmam não ter vivenciado na formação inicial nenhuma disciplina, conteúdo ou experiência relacionada diretamente à educação prisional. Relatam, também, que após o ingresso na educação prisional não realizaram formação continuada relacionada à temática da educação prisional por não encontrarem disponível a oferta de cursos voltados para essa formação. Diante disso, os professores adotaram diferentes estratégias como forma de minimizar as ausências de suas formações voltadas a esse contexto singular e específico que é a prisão. Dentre estas, destaca-se a pesquisa e estudos que fazem de forma autônoma, e os aprendizados cotidianos em sua prática pedagógica.