A educação de surdos passou por diversas mudanças ao longo dos anos, tempos de negação, busca pela normalização, exclusão da sala de aula, não reconhecimento da Língua Brasileira de Sinais - Libras, dentre outras coisas. Na atualidade existem diversas políticas que visam a inclusão efetiva dos alunos surdos nas salas de aula do ensino regular, juntamente com o direito ao Atendimento Educacional Especializado – AEE, no entanto, ainda estamos a passos largos do surdo/a está realmente inserido em sala de aula. A maioria dos professores regentes ainda não possuem o conhecimento e/ou domínio da Libras para se comunicar com o aluno surdo, falta adaptações metodológicas em suas aulas e o reconhecimento do aluno surdo como sendo de sua responsabilidade e não do intérprete. A pesquisa aborda a visão das professoras do AEE que acompanham dois alunos surdos em uma escola do município de João Pessoa/PB, sobre o processo de aprendizagem, comunicação e socialização desses alunos com seus professores e colegas de sala de aula. A pesquisa teve como instrumento de coleta de dados a aplicação de uma entrevista semiestruturada e os resultados apontam para a importância da Educação Emocional enquanto campo que pode contribuir para romper barreiras e promover a inclusão de fato e de direito dos alunos surdos. Através da Educação Emocional professores e alunos podem criar um ambiente harmônico e propício para que ocorra a aprendizagem de forma correta, alunos surdos e ouvintes de posse dos mesmos direitos de aprendizagem e sendo respeitados em suas singularidades.