O presente estudo teve a pretensão de analisar o livro Pedagogia do Oprimido de Paulo Freire, através da perspectiva psicopedagógica, utilizando-se dessa ferramenta para descrever, de forma sintética, partes da obra e identificar a relação da Psicopedagogia e os processos de aprendizagem nas ideias que o livro aborda. Apresentamos a seguinte problemática: como os processos de aprendizagem favorecem a formação crítica aos sujeitos? quando eles não se libertam do tradicionalismo educacional, o que ocorre? Culturalmente, no Brasil, a representação do “ensinante” é atribuída ao professor, considerado o detentor do conhecimento. Contrapondo-se a este pensamento, a formação não ocorre de maneira unidimensional; mas ao ensinar, se aprende e assim, não existe um ensinante e um aprendente, mas uma interação de saberes. Este estudo trata-se de uma pesquisa bibliográfica de abordagem qualitativa que buscou relacionar alguns conceitos Freiriano, tais como educação bancária, educação libertadora e dialogicidade à luz da Psicopedagogia. Os resultados deste estudo indicam que a Psicopedagogia utiliza os conceitos de Paulo Freire, por considerar que o ser humano aprende em âmbitos que promovam uma aprendizagem de maneira significativa, quando é possibilitada abordagem contextual, destacando sua realidade como fator de estímulo à problematização e questionamentos como forma de reflexão crítica e estruturação da autoria de pensamento, condição fundamental para a formação de consciência do sujeito da aprendizagem, que não está vinculada exclusivamente ao conteúdo escolar ou acadêmico, mas, sobretudo, a uma formação para a vida, a qual é mediada por uma educação libertadora.