Este trabalho emerge dentro de um contexto de incertezas sobre os rumos da Alfabetização no Brasil. Desde a década de 80 recebemos contribuições de diferentes estudos que puderam inserir discussões pertinentes para compreendermos melhor como acontece o processo de ensino-aprendizagem nessa área. Nessa pesquisa tivemos a intenção de analisar o fazer docente de uma professora alfabetizadora de uma escola municipal de Garanhuns, visando compreender as suas apropriações acerca da teoria da Psicogênese da Língua Escrita e suas contribuições para o processo de ensino e aprendizagem, buscando identificar se a mesma consegue utilizar seu conhecimento sobre tal teoria para promover um ensino ajustado às necessidades dos alunos. A pesquisa foi realizada em uma turma do ciclo de alfabetização (3º ano). O instrumento principal de coleta foi a observação de aulas. Os resultados demonstraram que a professora tem certo conhecimento dessa teoria e de sua importância, contudo apresenta dificuldades em utilizar esses conhecimentos em prol do processo de ensino e aprendizagem. Uma das hipóteses levantadas é que a docente observada não teve oportunidades de estudar de forma aprofundada tal teoria Também não podemos considerar que uma vez “apresentada” uma teoria ao professor este logo, de imediato, se aproprie e a incorpore em seu fazer docente. Acreditamos que as apropriações dos docentes são frutos de suas ressignificações.